Era um compromisso, um empenho de prioridade máxima do Presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira, Paulo Figueiredo, para com os produtores de maçã e uva do concelho, compromisso que hoje, após várias negociações com vista à melhor solução tecnológica, começou a efetivar-se, em parceria, com a assinatura de um protocolo de colaboração entre o autarca e a Associação de Fruticultores da Beira Távora, representada por José Francisco Oliva Teles, seu presidente. O chefe do Executivo acredita que os primeiros canhões antigranizo poderão ser instalados já durante os próximos meses de abril e maio.
Estes novos equipamentos são assim uma nova arma contra o granizo, que nos últimos anos tem causado elevados estragos nos pomares do concelho. “A atividade frutícola, designadamente a produção de maçã, tem sido fortemente fustigada pelas intempéries de granizo, que se traduziu numa quebra acentuada na produção, colocando em causa não só a sobrevivência financeira de muitos empresários agrícolas e respetivos colaboradores, bem como da economia do nosso concelho. É, por isso, de extrema importância que o Município manifeste a sua inteira disponibilidade, abraçando este projeto ao lado dos que lutam todos os dias para desenvolver a sua atividade empresarial, contribuir para a fixação de pessoas no nosso território, bem como podermos captar investidores e residentes para o nosso concelho”, sublinha o Presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira.
O canhão antigranizo é um dispositivo que interrompe a formação do granizo, por ondas de choque. Uma mistura explosiva de oxigénio e gás de acetileno é inflamado na câmara inferior do aparelho. À medida que a explosão passa através da garganta e para dentro do cone, desenvolve uma onda de choque, que em seguida se desloca à velocidade do som, atingindo rapidamente as camadas mais altas da atmosfera, zona onde se forma o granizo, interrompendo assim a sua formação.
O artigo foi publicado originalmente em Município de Moimenta da Beira.