Cabo Verde pode registar uma queda de 75% na produção de duas das principais culturas agrícolas, milho e feijão, devido à seca, anunciou na sexta-feira, na cidade da Praia, o grupo de entidades que avalia o setor.
A produção deve ir pouco além das mil toneladas em cada umas das culturas, depois de ter rondado entre cinco a seis mil toneladas na última campanha, referiu Celestino Tavares, coordenador do grupo multidisciplinar que junta o Ministério da Agricultura e Ambiente e parceiros como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
As projeções apontam para “uma diminuição de cerca de 75%” e o grupo faz um série de recomendações, indicou.
Desde logo, deve haver rigor na utilização da água, para a rentabilizar da melhor maneira: “Se não convertermos a água em alimentos, de pouca coisa serve”, disse.
Outra recomendação consiste em dar “assistência técnica de proximidade” aos agricultores, bem como condições para o máximo de recolha e conservação de pasto.
“No futuro, porventura, teremos de mudar as espécies ou variedade que temos em Cabo Verde”, adaptando-as melhor às condições atmosféricas, concluiu.
Apesar de o arquipélago importar bens alimentares, a produção local de milho e feijão satisfaz parte das necessidades da dieta alimentar e abastece também o cabaz de fornecimentos agrícolas.








































