A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) anunciou, no dia 3 dezembro, a inserção da Arte Equestre Portuguesa na Lista do Património Imaterial da Humanidade, durante a 19.ª sessão do Comité Intergovernamental que decorre em Asuncion, no Paraguai e que contou com a presença de uma delegação portuguesa – Rosa Batoréu, Embaixadora de Portugal na UNESCO (Paris), João Ralão, Secretário-Geral da APSL e Luís Calaim, administrador da Parques de Sintra.
A Arte Equestre Portuguesa deriva do profundo interesse nas técnicas de ensino associadas ao Cavalo, em Portugal, que já datam de há muitos séculos e que se suportam em princípios basilares primando sempre pelo seu bem-estar.
As características de versatilidade, docilidade, agilidade e graciosidade do Cavalo Lusitano, permitiram uma enorme facilidade de adaptação a diversas modalidades do desporto equestre, tendo contribuído mormente para o desenvolvimento de um estilo próprio da Equitação Portuguesa – a Arte Equestre.
As diversas Associações do Cavalo Lusitano, representadas em 21 países, têm anda contribuído para assegurar os requisitos técnicos para manter a pureza étnica e o aperfeiçoamento zootécnico do cavalo Lusitano.
O cavalo de raça Lusitana tem assim continuado a motivar mestres e cavaleiros para o desenvolvimento e cultura das técnicas e práticas de ensino que fazem da Arte Equestre Portuguesa, um património cultural, de âmbito nacional e imaterial da humanidade.
O artigo foi publicado originalmente em DGAV.