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– 30-03-2005 |
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Ambiente: Terminou bloqueio de activistas � f�brica VicaimaOs ambientalistas da Quercus e Greenpeace terminaram ontem o bloqueio iniciado �s 07:00 � empresa Vicaima, a quem acusam de transformar madeira abatida ilegalmente no Brasil. Os activistas, que se haviam acorrentado ao port�o da unidade fabril, foram levados pela GNR para o posto de Vale de Cambra, devendo ser presentes ao juiz de instru��o hoje � tarde, que avaliar� a queixa de invasão de propriedade apresentada pela empresa. O final do bloqueio � transformadora de madeira Vicaima, para chamar a aten��o para o abate ilegal de �rvores no Brasil, ocorreu pelas 12:00 e os nove activistas da organiza��o internacional Greenpeace que estavam acorrentados ao port�o da f�brica, oito espanh�is e um alem�o, sa�ram voluntariamente. Devido � empresa ter apresentado queixa na GNR, alegando que o local do protesto se situa dentro da propriedade da empresa, os ambientalistas foram transportados em jipes da GNR para o posto de Vale de Cambra. Para a GNR de Vale de Cambra seguiram Também dirigentes da Quercus, nomeadamente Lu�s Galr�o, que foi agredido no local, afim de que fosse identificado o agressor e mostrar as imagens que documentam os incidentes. Antes dos ambientalistas acatarem a indica��o das autoridades para levantarem o bloqueio, o administrador da Vicaima, Arlindo Costa Leite, convocou os jornalistas para refutar as acusa��es do Greenpeace e da Quercus, assegurando que a empresa labora com madeiras de abate legal e importadas dentro da legalidade. "A Vicaima utiliza madeiras importadas de abates legais e � uma empresa certificada em termos ambientais e de qualidade. A Madeiporto [empresa do grupo dedicada � importa��o] � importadora h� 46 anos, pauta-se pela legalidade e está em processo de certifica��o FSC [que controla a origem das madeiras]", disse. Arlindo Costa Leite anunciou que a empresa vai apresentar queixa contra a Quercus para ser ressarcida dos preju�zos causados pela ac��o de hoje, que estimou em mais de dez milhões de euros. "A empresa vende 70 por cento para exportação, nomeadamente para Inglaterra e tem que respeitar prazos apertad�ssimos, sob pena de ser contratualmente penalizada com pesadas indemniza��es. Cada hora que passa somos obrigados a indemnizar e j� l� v�o quatro horas e meia", salientou. O administrador da Vicaima justificou o facto de não ter havido di�logo com os ambientalistas por terem tentado pressionar a empresa. "Pessoas que barram a entrada aos pr�prios donos da f�brica não podem ser aqui bem recebidos", disse, acrescentando que não costuma receber ningu�m sem agendar reuni�es e sob pressão. Os ambientalistas permitiram a entrada dos trabalhadores, a quem distribuiu panfletos de sensibiliza��o, mas impediu a entrada e sa�da de viaturas. Inicialmente, os dirigentes da Quercus e Greenpeace foram recebidos cordialmente pelo director de produ��o da Vicaima, Filipe Ferreira, mas a chegada dos administradores foi marcada por incidentes, com um operador de c�mara de televisão e um dos dirigentes da Quercus a serem agredidos, apesar da presença de elementos da GNR no local. Segundo Domingos Patacho, da Quercus, a ac��o dos ambientalistas foi feita na Vicaima porque � uma das maiores empresas processadoras de madeira em Portugal e "deve assegurar que toda a madeira que utiliza tem origem legal, em florestas geridas de forma sustent�vel". DE acordo com o ambientalista, Portugal � o quinto maior importador mundial de madeira da Amaz�nia brasileira, onde a desflorestação afectou, s� em 2003, o equivalente a um teráo do territ�rio portugu�s. Domingos Patacho sustenta que as associa��es ambientalistas t�m informações de que o grupo Vicaima, a que está ligada a Madeiporto, opera com produtores que promovem o abate indiscriminado de �rvores da Amaz�nia. A ac��o de hoje dos ambientalistas surge na sequ�ncia da tentativa de impedir a descarga de um navio carregado de madeira ex�tica, na semana passada, no porto de Leix�es, gorada pelo facto de estar livre um cais a montante da ponte levadi�a, onde os activistas se tinham acorrentado. Lu�s Galr�o, da Quercus, disse aos jornalistas, no momento em que era levantado o bloqueio, que "tudo podia ter ficado resolvido em dez minutos se tivesse havido abertura da empresa, o que lamentavelmente não aconteceu" e que o bloqueio foi voluntariamente terminado para evitar mais incidentes. Quanto aos preju�zos invocados pela Vicaima, disse que a empresa os terá de provar nas inst�ncias judiciais, onde a Quercus apresentar� queixa pelas agress�es.
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