Ainda antes da �poca dos inc�ndios � Praga de insectos j� está no ar a atacar a madeira dos pinheiros
O nem�todo � um verme patogúnico microsc�pico transportado nas vias respiratérias do insecto longic�rnio.
A sua dispersão ocorre no período de Abril a Outubro, por todo o Pa�s.
ANEFA continua a alertar o Governo para a gravidade da situa��o.
Conquanto o tema seja pouco abordado, mesmo pelas entidades oficiais, Portugal Continental está definido, desde 2008, através da Portaria n� 553-B de 27 de Junho, como zona afectada e de restri��o para o nem�todo da madeira do pinheiro.
Ap�s a primeira praga infecciosa trazida por um carregamento de pinheiro bravo entrado em Portugal, em 1999, a difusão do insecto vector verificou-se, numa primeira fase, nas áreas florestadas com pinheiro bravo, na Pen�nsula de Set�bal, estimando-se que, até � data, teráo sido afectados mais de 100 mil hectares, com o alastramento a quase todo o país.
Os sintomas da doen�a são evidentes: as agulhas dos pinheiros tornam-se amarelas e murcham, primeiro, as mais antigas, progredindo a toda a copa da �rvore. Entretanto, verifica-se que a produ��o de resina diminui, as agulhas mortas permanecem por longo tempo e os ramos ficam secos e mais quebradi�os que o normal, levando � morte das �rvores infectadas.
Entre os meses de Abril a Outubro, o insecto vector, portador do nem�todo no seu sistema respiratério, deposita este verme nas �rvores mais vi�osas, durante a alimenta��o, ou quando deposita os ovos, nos ramos mais enfraquecidos.
As larvas do longic�rnio (insecto vector) multiplicam-se, depois, no interior do pinheiro, provocando a morte deste e evoluindo para insectos adultos, durante a Primavera, sendo novamente portadores/transmissores do nem�todo para outras �rvores.
Para evitar que a praga se tivesse transmitido, teria sido necess�rio que os pinheiros doentes tivessem sido removidos, no período de Novembro a Março, situa��o que, infelizmente, pouco se observou em 2008/2009.
Estando a solu��o na preven��o, h� que evitar o transporte de material lenhoso, entre Abril e Outubro, como forma de ajudar a não difundir a doen�a, tal como não � conveniente guardar lenha de um ano para o outro.
ANEFA tem alertado Governo
A ANEFA – Associa��o Nacional de Empresas Florestais, Agr�colas e do Ambiente tem vindo, desde h� largo tempo, a alertar o Governo para a gravidade da situa��o, tendo mesmo tomado uma posi��o pública, enviada ao Secret�rio de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Ascenso Sim�es, propondo medidas para a luta e erradica��o do nem�todo do pinheiro.
Em causa está, antes de tudo, o facto de o processo de tal erradica��o ter sido totalmente transferido para Associa��es de Produtores Florestais que, segundo a ANEFA, demonstraram "falta de capacidade de resposta" para tal.
Na perspectiva desta entidade, as Associa��es de Produtores Florestais deveriam efectuar "a prospec��o da doen�a", dado o seu conhecimento do terreno, "devendo as opera��es ficar a cargo de empresas de explora��o florestal com capacidade t�cnica de execu��o".
De acordo com os resultados preliminares do IFN 2005/2006, o volume de pinho, em Portugal Continental, � de 67,1 milhões metros c�bicos, o que, tendo por base os 4% respectivos a amostras positivas para o NMP, resulta em 2,68 milhões de metros c�bicos. O correspondente ao consumo de pouco mais de meio ano da ind�stria nacional. Isto significa, portanto, de acordo com a ANEFA, se a ind�stria consumir, durante cerca de 7 meses, apenas madeira infectada, o problema tem resolu��o � vista, sendo iminente o envolvimento da ind�stria, que deveria assumir o compromisso de receber essa madeira a um pre�o fixo.
Entretanto, a ANEFA alertou j� para o aparecimento de uma nova doen�a, o cancro resinoso do pinheiro "que poder�, num futuro próximo, agravar a sanidade dos nossos povoamentos florestais".
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Fonte: Anefa |
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