João Paulo Catarino defendia que os promotores do centro de dados é que tinham de mudar o projeto para Sines. João Galamba defendia que o regime ambiental em vigor para o local é que devia ser alterado pelo Governo, segundo o MP no caso Influencer.
João Galamba, então secretário de Estado da Energia, travou em 2021 uma guerra em surdina com um colega seu do ministério do Ambiente, o então e atual secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino.
João Galamba defendia em 2021 que era preciso alterar o regime ambiental que estava em vigor para o centro de dados da Start Campus ser construído na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), onde mais de metade da área prevista para a implantação do centro de dados em Sines estava integrada numa Zona Especial de Conservação (ZEC), estando sujeita a “específicas medidas de conservação de salvaguarda” da natureza, segundo o despacho de indiciação do Ministério Público (MP) a que o JE teve acesso.
Galamba defendia que devia mudar-se as regras ambientais para construir o centro de dados na ZILS, mas Catarino tinha uma opinião diferente: os promotores é que deviam adaptar o seu projeto.
A 14 de setembro de 2021, João Galamba contactou o então ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos, onde mencionou que tinha uma opinião diferente do seu colega do ministério do Ambiente, relatando uma reunião que tinha tido lugar nesse dia.
João Galamba: “Aquilo é uma área, (…) de proteção especial, (…), hoje numa reunião, onde ‘tava, não ‘tava o Eurico, mas estava o gabinete do Eurico a AICEP o gabinete do João Paulo, pá eu e a minha chefe de gabinete e o ICNF, o João Paulo a certa altura disse assim: mas eu falo com os promotores, pá e digo-lhes que o projeto não pode ser ali, pronto, tem que desviar o projeto, tem que ser noutro sítio. (…) o projeto é o projeto que […]