|
|
|
|
|
– 30-07-2006 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] |
Vinho: Algumas CVR preparam concurso de entidade certificadora outras esperamAlgumas comissões vitivin�colas do país respondem positivamente ao desafio do ministro da Agricultura e preparam-se para o concurso que vai escolher as oito entidades certificadoras do sector vin�cola, mas muitas outras preferem aguardar pelas regras para fazer coment�rios. A proposta de reforma do sector avan�ada por Jaime Silva, com a redu��o do n�mero das actuais 16 entidades para oito, tem o aparente acordo dos respons�veis das comissões vitivin�colas regionais (CVR). Alentejo, Tr�s-os-Montes, Regi�o dos Vinhos Verdes, as Beiras e Set�bal mostram-se confiantes nas suas possibilidades de poder vir a cumprir as exig�ncias para entidade certificadora, atendendo � sua actual dimensão e capacidades, embora seja sempre apontado o facto de se desconhecerem ainda as regras do concurso. Jaime Silva ressalvou que nesta reforma administrativa "h� uma excep��o, o Instituto do Vinho do Douro e do Porto", que se manterá e funcionar� Também como entidade certificadora. O ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas anunciou na semana passada que iria publicar ainda este m�s o caderno de encargos para um concurso para oito entidades certificadoras, que hoje funcionam junto das CVR e que poder�o continuar a funcionar. Jaime Silva sustentou que "� desej�vel" que apenas as actuais 16 comissões vitivin�colas se candidatem, convidando desde j� "algumas das actuais CVR a concorrerem conjuntamente". H� por�m uma opini�o do ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas que deu origem a uma reac��o mais veemente e que respeita � possibilidade de, a sul do Tejo, passar a haver "uma �nica entidade certificadora que englobasse os vinhos do Alentejo e do Algarve". Para o presidente da CVR Alentejana, Joaquim Madeira, esta hip�tese "� uma aberra��o completa e s� quem desconhece tecnicamente o funcionamento" destas entidades pode fazer tal sugestáo. � uma proposta "indesej�vel para o Alentejo e completamente invi�vel" pois a Comissão está dimensionada para certifica��o, inspec��es e controlos do vinho desta regi�o. O presidente exemplifica que seria "impens�vel que, cada vez que se tivesse de recolher uma amostra de vinho, analisar uma casta ou proceder ao cadastro de uma vinha, um t�cnico de �vora tivesse de deslocar-se ao Algarve". Por outro lado, as caracterásticas dos vinhos das duas regi�es são diferentes, no que Joaquim Madeira tem o acordo do presidente da CVR do Algarve, Ant�nio Lacerda, que disse � Lusa que a eventual extin��o da comissão algarvia "p�e em causa todo o trabalho desenvolvido na última d�cada", no alargamento da área do vinho e no apuramento das castas. Contudo, admitiu que a extin��o será "incontornível.", devido � falta de dimensão da produ��o algarvia para cumprir o caderno de encargos a criar para ser entidade certificadora. "não vejo outra solu��o senão esta, mas quero admitir que h� outra, a presta��o de apoios financeiros através de protocolos com a Universidade do Algarve e as autarquias", apontou Ant�nio Lacerda. A CVR do Alentejo pretende concorrer a certificadora do vinho, mas "isoladamente" e considera ter condi��es para responder ao caderno de encargos, afirmou o seu presidente. Id�ntica posi��o apresenta � agência Lusa o Conselho Vitivin�cola Regional das Beiras (que agrupa as CVR do D�o, Bairrada, Beira Interior, T�vora e Varosa, e Laf�es) que certifica os vinhos de Indica��o Geogr�fica e defende ter condi��es, nomeadamente o seu Slaboratério, acreditado, instala��es pr�prias, solidez financeira, patrim�nio elevado e centralidade geogr�fica". O presidente da CVR do D�o, Valdemar de Freitas, falando em nome do Conselho, avanãou � agência Lusa que as entidades que agrupa j� estáo a trabalhar no processo para decidir se avan�am juntos ou não. J� para o presidente da CVR da Beira Interior, Jo�o Pedro Esteves, a possibilidade de agrupar esta entidade com a do D�o e Bairrada, não traz vantagens, pois esta � a que tem custos mais reduzidos. Quanto a candidatar-se a entidade certificadora, para j�, o respons�vel espera o caderno de encargos, ao contrário da CVR da Bairrada que vai concorrer "de certeza" a entidade certificadora, embora ainda não tenha decidido se s� ou em conjunto, o que depender� do caderno de encargos. No entanto, o seu presidente, Jos� Pedro Corte Real avanãou que j� foram realizadas reuni�es com outras comissões das Beiras, mas decis�es s� depois de conhecido o caderno de encargos. Em resposta � pergunta acerca se iria apresentar uma proposta ao concurso a lan�ar pelo Ministério da Agricultura, o presidente da CVR dos Vinhos Verdes, Manuel Pinheiro, afirmou que "o Estado vai abrir oito concursos, um dos quais � para a regi�o dos Vinhos Verdes". Quanto � redu��o do n�mero de entidades certificadoras, "criar� unidades mais fortes que podem responder a desafios" como capacidade de investimento em marketing e cumprimento de normas de certifica��o europeia, acrescentou Manuel Pinheiro. O secret�rio-geral da CVR da Pen�nsula de Set�bal, Henrique Soares, escusou-se a prenunciar-se acerca do concurso esperado enquanto não forem revelados os pormenores das medidas que o governo pretende concretizar. No entanto, "se tivermos de falar de oito comissões vitivin�colas, o nosso peso relativo nesse contexto não será muito diminu�do", defendeu Henrique Soares, garantindo que a CVR da Pen�nsula de Set�bal � uma das cinco maiores do país, em termos de volume de vinhos certificados, de utiliza��o de denomina��es de origem e de vinho de indica��o geogr�fica. Este respons�vel não afasta a hip�tese de ter de agregar-se com outra regi�o, mas esta CVR, a indica��o geogr�fica e as denomina��es de origem nunca iriam desaparecer. A candidatura da CVR de Tr�s-os-Montes a entidade certificadora não está em causa, porque quer manter esse estatuto, como defendeu o seu presidente, em declarações � agência Lusa, mas a forma como faze-lo depende das condi��es impostas pelo concurso. "A forma como vamos candidatar-nos está dependente das exig�ncias do caderno de encargos do concurso", ou seja, s� depois da sua publicação � que "decidiremos se avan�amos com uma candidatura s� nossa ou se recorremos a outra entidade", salientou Carlos Mesquita. O respons�vel de Tr�s-os-Montes defende que a CVR transmontana tem todas as condi��es para efectuar a certifica��o, mas a questáo � saber se no produto final, dos vinhos, pode faze-lo nas suas instala��es ou terá de recorrer � contratualiza��o de outra entidade. A CVR do Ribatejo, através de Jos� Vasconcelos, da direc��o, transmitiu � agência Lusa que espera mais elementos acerca do concurso para analisar o processo, uma opini�o partilhada pela CVR da Estremadura e pela CVR da Lourinh�. Acerca da intenção anunciada pelo ministro de o Estado "sair" destas entidades, a maior parte dos respons�veis regionais mostrou-se de acordo. As CVR são entidades privadas financiadas integralmente pelos produtores, organismos interprofissionais que englobam a produ��o, a transforma��o e o com�rcio, mas que t�m funções públicas delegadas pelo Estado na certifica��o de vinhos de indica��o geogr�fica e denomina��o de origem.
|
|
|
Produzido por Camares � – � 1999-2007. Todos os direitos reservados. Optimizado para o IE 5.#, resolu��o 800 x 600 e 16 bits |
Discussão sobre este post