|
|
|
|
[ Página inicial ] [ Directório ] [ AgroNotícias ] [ Pesquisar ] [ Opinião ] [ Dossiers ] [ Info ] [ Adicionar URL ] [ Novidades ] [ Mapa ] |
– 26-06-2004 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] [ Internacional ] |
Alimentação : OGM entram ilegalmente em PortugalA recém-criada plataforma portuguesa contra organismos geneticamente modificados (OGM) avisou ontem que estão a entrar ilegalmente em Portugal alimentos manipulados não aprovados pela União Europeia. Em declarações à agência Lusa, Margarida Silva, responsável da "Plataforma Transgénicos Fora do Prato", disse que as "fronteiras marítimas portuguesas não têm qualquer controlo para os OGM". "Muitos navios vindos dos Estados Unidos ou Argentina para descarregar cereais chegam a Portugal e despejam-nos nos silos sem que haja controlo. Esses cereais podem ser legais nos países de origem, mas em Portugal não são, porque muitos não estão sequer autorizados pela União Europeia", explicou. Os OGM são desenvolvidos pelas indústrias de biotecnologia para resistir a doenças, a herbicidas e a insectos. Os alimentos trasngénicos são geralmente maiores e têm mais probabilidade de originar uma produção rentável. Para Margarida Silva, todos os importadores de matérias-primas alimentares deviam ser obrigados a apresentar à entrada em Portugal um certificado que comprovasse a ausência de OGM. Outra das propostas da Plataforma é que as autoridades portuguesas comecem a fazer fiscalização, recolhendo amostras dos produtos que entram no país para análises científicas. A nível europeu, a Plataforma portuguesa defende um referendo, para que a população possa mostrar a sua opinião relativamente aos OGM. "De acordo com os dados mais recentes, 75 por cento dos europeus dizem que nunca vão consumir OGM", salientou Margarida Silva, que deverá recordar este dado no sábado, aquando da apresentação pública da "Plataforma Transgénicos Fora do Prato", que decorrerá em Lisboa, com o apoio da associação ambientalista internacional Greenpeace. A Plataforma nasceu de um "reconhecimento das organizações não governamentais de que a questão dos OGM não é estritamente ambiental, ou social ou agrícola", explicou. Para Margarida Silva, a problemática dos transgénicos "é demasiado complexa para que cada organização não governamental intervenha sozinha". Oito associações da área do ambiente (como a Quercus e a Liga para a Protecção da Natureza), da agricultura e de defesa dos direitos dos animais integram a Plataforma. A primeira acção desta organização vai ser uma campanha de sensibilização para alertar os consumidores para os potenciais perigos dos alimentos geneticamente modificados. Através de panfletos e da Internet, os responsáveis vão avisar os consumidores de quais as possíveis implicações para a saúde dos OGM e de que forma podem detectar se um produto é ou não transgénico. "Os governos têm vindo sistematicamente a aprovar transgénicos sem estudos científicos que mostrem se são ou não seguros. Os únicos estudos que existem são feitos pelas próprias empresas que os querem vender", referiu Margarida Silva. Acrescentou ainda que "a pouca informação realmente científica existente aponta para alterações profundas no aparelho digestivo nos animais de laboratório em que OGM foram experimentados". Actualmente circulam legalmente em Portugal e em toda a União Europeia cerca de 12 produtos transgénicos, sendo a grande maioria milho e soja. "Os consumidores podem proteger-se estando atentos aos rótulos dos produtos. Uma lata de milho transgénico tem de o referir expressamente na rotulagem. Da mesma forma, quando se compra um pacote de flocos devemos estar atentos à listagem de ingredientes, onde é obrigatório referir se contém algum OGM", explicou Margarida Silva. Os responsáveis da Plataforma estão convencidos de que "a guerra dos OGM vai ser ganha ou perdida no prato": "As pessoas vão votar com o dinheiro, comprando ou não alimentos transgénicos". Uma das questões que preocupa a Plataforma é o facto de "grande parte" dos transgénicos estarem a ser canalizados para alimentos onde não há rotulagem, como peixe, ovos ou carne. "Os consumidores não têm qualquer indicação se houve ou não transgénicos nos produtos de origem animal que estão a comprar. Isto devia passar a ser obrigatório", propôs Margarida Silva. Também neste aspecto a Plataforma espera que os consumidores portugueses tenham um papel importante, reclamando nos supermercados pela ausência dessa informação, de forma a pressionar os produtores para mudarem o seu comportamento.
|
[ Página inicial ] [ Directório ] [ AgroNotícias ] [ Pesquisar ] [ Opinião ] [ Dossiers ] [ Info ] [ Adicionar URL ] [ Novidades ] [ Mapa ] |
|
Produzido por Camares ® – © 1999-2007. Todos os direitos reservados. Optimizado para o IE 5.#, resolução 800 x 600 e 16 bits |