Esta quinta-feira vão ser divulgados os resultados do projeto científico “INHAVIT- Abordagens sustentáveis para a reabilitação e revitalização do património cultural construído do Parque Natural de Montesinho”, situado nos concelhos de Bragança e Vinhais. A sessão realiza-se a partir das 9h30, no auditório nobre da Universidade do Minho, no campus de Azurém, em Guimarães. A entrada é livre.
O projeto teve a coordenação de Javier Ortega e Graça Vasconcelos, da Escola de Engenharia da UMinho e do Instituto para a Sustentabilidade e Inovação em Engenharia de Estruturas (ISISE), em parceria com a Universidade de Aveiro e o Instituto Politécnico de Bragança. Decorreu ao longo de três anos e teve um financiamento de 249 mil euros da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
A equipa caracterizou as aldeias pertencentes ao Parque Natural de Montesinho, desde a tipologia construtiva (casas, moinhos, lagares, abrigos…), os materiais e aspetos estruturais e o contexto sociodemográfico, económico e ambiental. Propõe-se estratégias de mitigação de riscos e de preservação do património construído, nomeadamente melhorando as condições habitacionais e de acessibilidade, para afirmar a identidade local, o desenvolvimento sustentado e a ocupação contínua daquele território transmontano. Espera-se que este projeto possa impactar outras zonas mediterrânicas em situação idêntica, trazendo novas perspetivas para enfrentar desafios como o despovoamento, a descaraterização do património construído tradicional e a coesão territorial.
O seminário final do “INHAVIT (MTS/BRB/0086/2020)” vai contar esta quinta-feira com intervenções de Javier Ortega, Márcia Moreno, Maria Correia, Rafael Correia, Jorge Vaz, Juan Aras, Mariana Correia, JAR Mendes da Silva, Nicola Masini, Amin Nazarigivi, Sandra Graus, Dener Silva, Soon Khei, Raúl Briones Llorente, Jorge Fernandes, Graça Vasconcelos, Tiago Ferreira, Hugo Rodrigues e Eduarda Luso.
O Parque Natural de Montesinho é uma das maiores áreas protegidas do país e um pilar na identidade regional e nacional. Destaca-se pela sua riqueza cultural, graças às comunidades que mantêm modos de vida rurais ancestrais, mas também pela riqueza paisagística, ecológica e de biodiversidade, integrando a Rede Natura 2000, a Reserva da Biosfera Meseta Ibérica da ONU e sendo habitat de espécies ímpares como o lobo-ibérico e a águia-real.
Fonte: UMinho