Em nota, o sindicato refere que reuniu na quarta-feira com o secretário regional da Agricultura e Florestas dos Açores para debater a proposta de reposição da carreira específica regional dos trabalhadores dos matadouros dos Açores, “e foi com surpresa” que os sindicalistas constataram uma mudança do executivo.
Segundo o sindicato, os Açores são “a única região do país onde existem matadouros públicos”, pelo que a estrutura sindical apresentou “em setembro deste ano ao secretário regional da Agricultura e Florestas (João Ponte) a proposta de reposição da carreira específica para os matadouros dos Açores que existia até 2008”.
A proposta defendia que “fosse contado o tempo desde que a carreira foi extinta para efeitos de colocação no índice adequado a partir da data de entrada em vigor da presente carreira”.
“Nessa altura”, segundo o sindicato, “o secretário regional afirmou que iria avaliar a proposta com o vice-presidente do Governo Regional e trabalhar na proposta ficando de enviar uma contraproposta até final de novembro” e “nessa reunião ficou ainda acordado tudo fazer para criar condições de modo a chegar a um acordo até ao final do corrente ano”.
Agora, alega o sindicato, houve esta mudança “repentina” de posição do Governo Regional, acrescentando que “tudo fará para que seja feita justiça a estes trabalhadores, tendo em conta o regime excecional em que exercem a sua atividade nos matadouros da região”.
Na nota, o sindicato adianta que vai realizar em janeiro plenários nos matadouros da região, “com vista a programar diversas ações de luta a desenvolver que poderá passar nomeadamente pela greve”.
Por outro lado, o sindicato reafirma que a carreira de Polícia Florestal “deverá ter três categorias, a exemplo do que acontece atualmente, com uma diferenciação funcional para cada uma delas”.
Na mesma nota, a estrutura sindical diz que o Governo da República “insiste em prosseguir a política de desvalorização dos serviços públicos e dos seus trabalhadores”, apesar de “na anterior legislatura” se terem registado “ligeiros avanços, mas todos eles muito insuficientes” e “só conseguidos porque os trabalhadores e mobilizaram e lutaram”.
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