Histórias sobre vinha e vinho, e um olhar atento ao que se passa no vinho do Mundo, numa newsletter de José Augusto Moreira.
É sabido que a exportação dos vinhos do Douro foi antecedida pelos tintos do Minho, então conhecidos como vinhos de Viana, já que era a partir do porto da foz do Lima que desde o séc. XVI eram levados para Inglaterra. Um comércio tão intenso que levou à criação de uma feitoria, à instalação em Viana do Castelo das famílias inglesas que vieram depois a notabilizar-se com o comércio do vinho do Porto.
Nos vinhos, as histórias sempre fizeram parte do negócio, e, pelos vistos, há também uma que relaciona o vinho Verde com a decisiva aposta de Fernando Nicolau de Almeida e da Casa Ferreira no avanço para a produção do Barca Velha. Mas os vinhos nada tinham em comum. Bem pelo contrário, foi até na procura de solução para os problemas de qualidade com que se deparavam na produção dos Verdes que se tornou evidente o enorme potencial do tinto do Alto Douro.
Lançado em 1952, o Barca Velha desde logo se destacou como o vinho mais distintivo da produção nacional. De classe mundial e com preço a condizer. E o preço, ou melhor, os preços demasiados baixos, são hoje um dos principais desafios que se colocam para o futuro do Douro. A questão é recorrente e, como tal, não podia deixar de ser abordada na entrevista que João Nicolau de Almeida deu esta semana à RTP.
Foi aí que o enólogo, filho, como se sabe, do criador do Barca Velha, contou a tal história do Vinho Verde, mas a conversa a séria […]