A recomendação ao Governo para aquisição de 15 mil pipas de vinho para a manutenção do ‘stock’ da Casa do Douro pode ajudar os viticultores que vivem uma “crise real”, disse hoje o PCP de Vila Real.
Por proposta do PCP, o parlamento aprovou na semana passada uma recomendação que pede ao Governo que autorize o benefício de mais 15 mil pipas de vinho, além das 75 mil que constam do Comunicado de Vindima para 2025 do Conselho Interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP).
O benefício é a quantidade de mosto que cada produtor pode destinar à produção de vinho do Porto e é uma importante fonte de receita para os viticultores do Douro.
Esta aquisição pelo Estado, segundo os comunistas, visa “realizar atesto de preservação dos vinhos que são propriedade da Casa do Douro e que o Estado tarda em lhe devolver”.
O PCP disse que esta medida permitirá, caso seja implementada, responder a duas necessidades: “atenuar a crise que está instalada na Região Demarcada do Douro e assegurar a manutenção dos 14 milhões de litros de vinho que são propriedade histórica da Casa do Douro e que necessitam de ser cuidados, dado há largos anos não ocorrer atesto de preservação das pipas para repor as perdas por evaporação”.
A Direção da Organização Regional de Vila Real do Partido Comunista Português (DORVIR) advertiu hoje, em comunicado, que a “crise no Douro é real, que os produtores estão numa situação limite e a paisagem património da humanidade está em risco”, e que, por tudo isto, “são necessárias medidas urgentes”.
O PCP de Vila Real reclamou ao Governo que “cumpra imediatamente a resolução agora aprovada” e garantiu que “continuará atento e a intervir no sentido de garantir as respostas que se exigem para os viticultores e para a região”.
“Não é admissível que uma medida deste tipo tenha aprovação no parlamento para depois ser ignorada como tem acontecido, por exemplo com a permanente desconsideração do papel da Casa do Douro. É preciso continuar a pressionar um Governo PSD/CDS que se coloca ao lado das grandes casas exportadoras contra os agricultores da região. Uma luta que terá de continuar e intensificar-se”, salientou.
A recomendação ao Governo foi aprovada, mas contou com os votos contra do PSD, IL e CDS-PP.











































