A ministra da Coesão, Ana Abrunhosa, disse hoje que Programa Especial de Gestão da Barragem do Baixo Sabor está em fase final de conclusão, e que sem a aprovação deste instrumento, não poderá haver investimentos neste território.
“O Programa Especial de Gestão da Barragem do Baixo Sabor tem de ser aprovado rapidamente, no máximo até ao final do ano, para que também possa ser aprovada a eficiência coletiva dos Lagos do Sabor, para assim se começar a trabalhar em projetos estruturantes neste território”, vincou a governante.
O Programa Especial de Gestão da Barragem do Baixo Sabor é um instrumento para que os municípios deste território concretamente Alfândega da Fé, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança, possam aplicar o Plano Estratégico para a região dos Lagos do Sabor (Baixo Sabor).
“O que os autarcas [destes quatro concelhos] o que estão a propor [ao Governo] é mais ambição e estruturação para o que já está ser implementado neste território”, acrescentou Ana Abrunhosa, que falava aos jornalistas na Feira Medieval de Torre de Moncorvo, após uma reunião de trabalho com os quatro autarcas deste território do Nordeste Transmontano.
Segundo a governante, nesta estratégia cabem investimentos públicos ou privados em áreas como o turismo ou meio ambiente e espera-se concluído no final de 2023.
A ministra da Coesão reconheceu, ainda, que há vontade da Associação de Municípios do Baixo Sabor (AMBS) em obter financiamentos para o desenvolvimento de projetos nesta região do Baixo Sabor, através de vários mecanismos com a estratégia de “eficiência coletiva”.
“Esta é uma oportunidade de os municípios continuarem a consolidar uma estratégia de investimento público neste território que traga investimento privado, que já se começa a notar com o desafio de conciliar os desafios do desenvolvimento com o património natural, sustentabilidade e da biodiversidade”, frisou Ana Abrunhosa.
Em 2017, foi aprovada uma candidatura ao Portugal 2020 com o objetivo de promover a valorização turística do património natural da albufeira do Baixo Sabor e a marca “Lagos do Sabor”.
Para os quatro autarcas da região do Baixo Sabor, a falta do Plano Especial de Gestão, poderá inviabilizar projetos já delineados como os “Lagos do Sabor”, constituídos por cerca de 70 quilómetros navegáveis numa albufeira que resulta da construção da barragem do Baixo Sabor.
O projeto “Lagos do Sabor” prevê ainda a criação de um “Eco-Resort” flutuante, com unidades de alojamento e capacidade de navegação nos lagos e pontos de ancoragem em forma de flor de amendoeira com pequenas piscinas centrais.
A isto, somam-se praias fluviais e ancoradouros, abrangendo os quatro municípios numa única gestão ao longo de 70 quilómetros de lagos.
A albufeira do Baixo Sabor tem cerca de 70 quilómetros navegáveis, abrangendo quatro concelhos numa área de 2.300 quilómetros quadrados.
A albufeira da barragem do Baixo Sabor começou a encher em 2013 e foi inaugurada em 2016.