Na busca de construir um solo vivo e Saudável, encontramos várias dificuldades. A necessidade de mobilizar, a necessidade de aplicar fertilizantes e fitofarmacos, o trânsito na parcela que compacta e destrói a estrutura e o arejamento do nosso solo, levam a que este modelo de produção seja um ciclo vicioso de destruição do que pretendemos no modelo Regenerativo.
Toda a estratégia em que consigamos evitar este tipo de distúrbios, leva-nos para uma transição gradual no melhoramento da vida e da saúde do nosso solo.
Os resultados aparecem à medida que entramos no ciclo virtuoso de melhoria, que vai nos permitir deixar de fazer aquilo que destruía e tirava vida ao solo.
O ritmo e a velocidade de adoção do modelo regenerativo é mais fácil onde os solos são mais férteis e menos compactados. O aumento da matéria orgânica é um dos melhores meios de o conseguir. Associar reduções de mobilizações e redução de fertilizantes de síntese, acelera esta formação de um ambiente saudável, que promove o desenvolvimento de fungos e bactérias benéficas. Este ambiente favorável a uma boa fotossíntese das nossas plantas tanto de cobertura como da nossa seara principal aumenta os exudados de açúcares das plantas para o solo. Com estes açúcares começamos a promover o desenvolvimento de fungos e bactérias que nos vão solubilizando e fixando os minerais que estão na atmosfera e retidos no solo. Conseguimos com isto evitar o antigo ciclo visioso que nos levava sempre à necessidade de mais fertilização e mobilização. Também ao nível das pragas e doenças conseguimos um ambiente muito menos propício ao seu desenvolvimento, logo menos necessidade de aplicação de fitofarmacos.
O artigo foi publicado originalmente em Milho Amarelo.