O Barómetro de Investimento Florestal 2025, do Centro PINUS, em parceria com a ZERO, registou uma evolução positiva, face às edições anteriores, no que toca ao cumprimento das metas de política florestal.
O relatório apresentou um valor de 0,45, sendo que o nível máximo (1), corresponde ao cumprimento pleno das metas de política florestal.
A diversificação da composição da floresta é o indicador que mais se aproxima da meta definida no Roteiro Nacional para a Neutralidade Carbónica: dos 6 020 hectares previstos anualmente, foram alcançados 5 214 hectares.
Segundo o estudo, a rearborização com pinheiro-bravo também evoluiu positivamente, atingindo 5 214 hectares, embora continue abaixo das necessidades estimadas, fixadas em 8 143 hectares.
Apesar da evolução positiva na execução da principal fonte de financiamento público, o Plano de Desenvolvimento Rural 2020 (PDR2020), cuja taxa de execução ponderada atingiu 66%, o relatório avança que seria expectável uma evolução mais elevada nesta fase final do quadro.
As entidades responsáveis pelo barómetro referiam que o investimento em gestão florestal terá sido superior ao refletido por este indicador, sublinhando que foram realizados investimentos na gestão da regeneração natural de pinheiro-bravo através do PDR2020, do programa de beneficiação de pinhais para resinagem e do projeto-piloto “Vales Floresta”.
No entanto, persiste uma “lacuna significativa”: a ausência de relatórios públicos que monitorizem o investimento por espécie, o que impede uma avaliação rigorosa dos progressos e compromete a transparência das políticas públicas.
Segundo o relatório, esta limitação foi integrada no Barómetro, sendo a falta de dados tratada como um alerta para a necessidade urgente de criar mecanismos de reporte mais eficazes, capazes de monitorizar de forma desagregada os impactos dos investimentos florestais.
Apesar do panorama atual, a ZERO e o Centro PINUS destacaram que o recém-aprovado Plano de Intervenção na Floresta 2025-2050 (PIF) representa uma “oportunidade estratégica” para alterar este cenário. A concretização deste plano ambicioso pode marcar uma mudança de paradigma na monitorização da política florestal.
O Centro PINUS e a ZERO avançaram ainda que vão manter a atualização anual deste barómetro, com o objetivo de reforçar o alinhamento do investimento florestal com a transformação profunda que a floresta nacional exige.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.












































