Com a revisão constitucional em curso, a oportunidade para discutir a dignidade constitucional do Direito Humano a uma Alimentação Nutricionalmente Adequada não podia ser melhor.
Uma alimentação saudável e nutricionalmente adequada é muito mais que uma escolha individual, que diga respeito apenas à vida de cada pessoa.
Os impactos que tem na sociedade – na saúde, na aprendizagem, no absentismo, na produtividade, no ambiente, no território, na felicidade individual e no bem-estar social – são grandes demais para ficarem apenas na mesa de cada um.
Em primeiro lugar, só pode haver uma escolha saudável com conhecimento: quantos de nós, sem consciência disso, alimentamos a nossa família com produtos que lhe vão causar sofrimento no futuro?
Para lá do patamar individual – e está ao alcance de qualquer um evitar alimentos embalados, enlatados e processados, preferindo alimentos frescos, ao peso, da época e produzidos no seu território – há uma dimensão que só o Estado e uma forte cidadania podem assegurar.
Só com políticas públicas é possível encurtar a distância do prado ao prato, estabelecer circuitos curtos dos alimentos, aproximar produção de agricultura familiar dos consumidores, assegurar preços […]