Em Portugal e apesar de 1,6 milhões de habitantes viverem abaixo do limiar da pobreza, estima-se que ainda sejam desperdiçadas 1,8 milhões de toneladas de alimentos todos os anos.
A aproximação da realização da COP28, a grande conferência sob a égide das Nações Unidas que terá lugar no final de novembro no Dubai sobre as medidas de mitigação das alterações climáticas, reforçará naturalmente nas próximas semanas a atenção mediática dada aos temas do Ambiente e da Sustentabilidade a nível global.
Da ambiciosa agenda da conferência, afigura-se, no entanto, ausente um assunto que merece toda a nossa atenção pela sua dupla dimensão, tanto ambiental como social. Falo do combate ao desperdício alimentar. Muito recentemente, celebrou-se o Dia Internacional da Consciencialização Sobre a Perda e o Desperdício Alimentar, onde a Unimark e a ‘Aqui é Fresco’, apoiaram e marcaram presença ativa no evento que decorreu na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, organizado pelo Movimento Contra o Desperdício que congrega já 300 entidades.
Como foi noticiado na ocasião, em Portugal e apesar de 1,6 milhões de habitantes viverem abaixo do limiar da pobreza – 400 mil deles com carências alimentares – estima-se que ainda sejam desperdiçadas 1,8 milhões de toneladas de alimentos todos os anos. Ou seja, mais de 180Kg por habitante, com um impacto económico negativo avaliado em 3,3 mil milhões de euros/ano.
Aliada a esta grave dimensão social, deve somar-se o fortíssimo impacto ambiental. Sendo que […]