A Organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa sugere aos peregrinos serem vegetarianos para compensar viagem de avião. Esta notícia surgiu na sequência do “Manual do Peregrino” da responsabilidade da organização da JMJ, o qual identifica três premissas, uma delas, o vegetarianismo, para que os peregrinos se sintam confortáveis com a viagem que irão fazer para desfrutar da espiritualidade em Lisboa, na presença de Sua Santidade Papa Francisco.
As entidades abaixo subscritas, assinalam com preocupação as interpretações que vão sendo feitas por responsáveis de eventos, mesmo quando se trata de um tão nobre encontro como este que se realiza em Lisboa com o Santo Padre.
Naturalmente, que a organização da Jornada Mundial da Juventude tinha de estar alinhada com o Papa Francisco, quando este fez um apelo para que “….a humanidade consiga travar a degradação ambiental e as alterações climáticas…”. Mas alinhada, não quer dizer que a organização elaborasse um Manual simplista, redutor e indutor em erro, para criar apenas a sensação de alívio aos peregrinos, sem verdadeiros compromissos individuais e permanentes!
O Santo Papa em nenhuma das suas comunicações, sugeriu o vegetarianismo como pressuposto para se ser peregrino, nem como desígnio para salvar o planeta!
Na verdade, o “Manual do Peregrino”, proporciona interpretações fáceis, levando a que se crie a ideia de que o vegetarianismo resolverá as mudanças climáticas, deixando os peregrinos tranquilos, apenas porque deixaram de comer carne!
A JMJ pretendeu com a carta de compromisso, gerar uma missão coletiva e individual: “Descobre a tua pegada de carbono durante a Jornada”, mas as premissas são curtas!
Pensamos que a contribuição individual para mitigar a pegada de carbono, deve ser baseado em boas práticas nas várias áreas vivenciais que levam à sustentabilidade ambiental!
Tenhamos a coragem, cada um de nós, de assumir compromissos para mitigar a pegada de carbono nas nossas vidas pessoais e profissionais, promovendo práticas sustentáveis, nas nossas casas, nas férias, nas compras online, no tipo de produtos que adquirimos, entre outros!
Tomemos as medidas que nos alinham com a sustentabilidade ambiental, sejamos ambientalistas efetivos e não apenas de secretária!
As entidades subscritoras:
Fonte: APIC