Líderes da APED e da CAP apenas admitem moderação do aumento do preço em vez de uma descida generalizada porque fornecedores estão a encarecer preço dos bens alimentares.
É demasiado cedo para dizer se os portugueses vão pagar menos na ida ao supermercado por causa da isenção de IVA no cabaz de produtos essenciais. A associação das empresas de distribuição (APED) e a confederação dos agricultores (CAP) não se comprometem com uma descida das despesas apesar do pacto assinado com o Governo no início da semana passada. A culpa é do aumento dos preços dos bens alimentares vendidos pelos fornecedores.
O pacto “é um passo importante para que os preços não subam tanto”, sinalizou o diretor-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, durante uma conferência sobre a Soberania Alimentar organizada pelo ECO e pela CAP. “Há condições para não crescerem tanto os preços. Mas isto não é uma solução para os estabilizar ou descer”, acrescentou o responsável.
“Na segunda-feira, recebemos novas tabelas de preços dos fornecedores de ovos, tomate, carne de porco. Estamos a falar em subidas de preço de 10% a 20% em algumas áreas”, detalhou o líder da APED.
Perceção semelhante tem o líder da CAP. “Ainda vamos demorar muito a sentir o efeito [do pacto] na subida dos preços. A batata e a cebola duplicaram de preço; a ervilha subiu 60%. Por muito IVA que se tire, vou vender 60% mais caro do que antes. É preciso repercutir esse valor.”, avisa Eduardo Oliveira e Sousa. Ainda sobre o acordo, o líder da CAP notou que “não é por […]