A Câmara de Arganil anunciou hoje que a Universidade de Harvard, dos Estados Unidos da América (EUA), está de regresso ao concelho com o objetivo de desenvolver soluções que tornem a paisagem mais resistente ao fogo.
O município do interior do distrito de Coimbra refere, em comunicado, que a aquela instituição vai dar continuidade ao trabalho iniciado após os incêndios de 2017, que afetaram gravemente o concelho e a região Centro.
“Na União das Freguesias de Cepos e Teixeira estão, desde meados de julho, duas alunas sob a orientação de Sílvia Benedito, arquiteta paisagista e professora daquela conceituada universidade dos EUA, no âmbito do projeto “Canário na Mina II”, lê-se na nota.
Durante um mês, as tarefas de Daniella Slowik e Sophia Glasser-Kerr vão centrar-se no desenvolvimento dos temas “solo e água”, enquanto elementos fundamentais para a adaptação às alterações climáticas e para a identidade da paisagem tradicional”.
A criação deste projeto partiu de uma das conclusões retiradas dos fogos ocorridos em 2017 – a escassa integração das populações residentes no território na implementação de medidas de mitigação e o abandono de práticas culturais tradicionais.
O trabalho de campo vai culminar com uma sessão pública destinada à comunidade, em que serão apresentadas as conclusões e propostas dos estudos realizados, “com o intuito de aumentar a integração da população residente na implementação de medidas de mitigação das alterações climáticas e das consequências dos incêndios rurais”.
A parceria entre o município de Arganil, o Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) e a Universidade de Harvard, através da professora Sílvia Benedito, junta também a União das Freguesias de Cepos e Teixeira.
O trabalho de cooperação começou em 2018, no rescaldo dos incêndios, com o projeto “Community Fellowship”, desenvolvido na freguesia da Benfeita por duas estudantes do Mestrado em Arquitetura Paisagística.
O projeto culminou na elaboração e edição pela Câmara Municipal do “Almanaque da Benfeita” e na realização da exposição interativa “O que leva a levada”, realizada na antiga Quinta do Dr. Urbano e noutros espaços da aldeia da Benfeita.