O incêndio que deflagrou na terça-feira em Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, entrou hoje em fase de rescaldo, mantendo-se ativos quatro grandes fogos no norte e centro do país, segundo a proteção civil.
Em declarações à agência Lusa, fonte do Comando Sub-Regional do Douro adiantou que o incêndio que deflagrou na terça-feira em Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, entrou em fase de rescaldo às 03:30 de hoje, mantendo-se às 07:00 no local 111 operacionais, com o apoio de 33 veículos.
Às 07:00 de hoje, mantinham-se ativos quatro grandes incêndios, sendo o que deflagrou há uma semana no Piódão, no concelho de Arganil, no distrito de Coimbra, o que mobilizava mais meios.
O fogo de Arganil, que já atingiu três concelhos do distrito de Castelo Branco (Castelo Branco, Fundão e Covilhã), tinha às 07:00 no terreno 1.586 operacionais, com o apoio de 536 veículos.
Já o incêndio florestal que deflagrou na sexta-feira no Sabugal, no distrito da Guarda, que entrou durante a tarde de segunda-feira no concelho de Penamacor, no distrito de Castelo Branco, estava a ser combatido pelas 07:00 de hoje por 444 operacionais, apoiados por 122 veículos.
O fogo que entrou em Chaves (Vila Real), vindo de Espanha, tinha pelas 07:00 de hoje três frentes ativas e, segundo fonte do Comando Sub-Regional do Alto Tâmega e Barroso, estava a ceder aos meios e não havia aldeias em risco, mobilizando 315 operacionais, com o apoio de 104 veículos.
O incêndio entrou na terça-feira no concelho de Chaves, proveniente da Galiza, Espanha, pela zona de Cambedo da Raia e tocou em várias aldeias como Agrela, Torre, Couto, Vilela Seca, Outeiro Seco e a zona empresarial de Chaves.
Na segunda-feira, o fogo já tinha passado a fronteira na zona de Vilar de Perdizes, concelho de Montalegre (Vila Real).
As chamas que deflagraram em Mirandela (Bragança), no domingo e que chegaram a várias aldeias do concelho de Vila Flor, estava a ser combatido hoje de manhã por 313 operacionais, com o apoio de 107 veículos.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta.
Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.