O Governo definiu como prioritário a aposta na inovação para uma agricultura do (e com) futuro e pretende converter esta visão em projetos de investimento.
“A inovação vai ter um papel fundamental na alimentação para uma melhor saúde, uma maior coesão territorial, maior sustentabilidade ambiental, para produzir bens que acrescentem cada vez maior valor para o vendedor e para o produtor e para o rejuvenescimento desta atividade”, disse o primeiro-ministro, António Costa, na abertura da conferência “Portugal no futuro, uma visão estratégica para a agricultura, alimentação e território”, que está a decorrer esta sexta-feira na Agroglobal, no Cartaxo.
Na sua intervenção, António Costa lembrou que a coesão, agricultura e floresta é uma das áreas de aposta identificadas no plano de recuperação económica do país para a próxima década, elaborado por António Costa Silva, e sublinhou a intenção do Governo em converter esta “visão em projetos de investimento”.
António Costa lembrou que já ontem, em Conselho de Ministros, foi aprovada a Agenda de Inovação para a Agricultura 2020-2030, cujo objetivo é incrementar a agricultura, de forma sustentada e baseada na inovação. O documento assinala cinco intenções estratégicas e metas até 2030, identificando um conjunto de 15 iniciativas a implementar até 2030.
O primeiro-ministro sublinhou a necessidade de “colocar a agricultura no centro das nossas preocupações” para reforçar a resiliência da Europa em situações de crise, como a da pandemia do novo coronavírus, e para isso é necessário também acelerar a transição digital e climática.
“O digital não é o oposto da agricultura”, frisou, lembrando a importância das novas tecnologias para averiguar da qualidade dos solos, humidade, temperatura, evolução das colheitas e da altura certa para as vindimas.
Na última década, Portugal reduziu em 400 milhões de euros o défice na área alimentar e as exportações cresceram em média 5% ao ano. Em 2019, 11% das exportações portuguesas corresponderam a bens alimentares.