Em antecipação da COP30, o Movimento Save Soil acaba de lançar um relatório pioneiro que revela simultaneamente, o enorme potencial de carbono ainda por explorar nos solos do mundo e uma análise das principais lacunas nas atuais CNDs – Contribuições Nacionalmente Determinadas (National Determined Contributions). Algumas das conclusões são surpreendentes:
- 27% do sequestro de dióxido de carbono necessário para manter o aquecimento global abaixo de 2°C pode ser compensado através da expansão da agricultura regenerativa.
- Os solos do mundo contêm 45% mais carbono do que estimado anteriormente, tornando-os um dos maiores sumidouros naturais de carbono da Terra.
- O solo quase não émencionado na maioria das CNDs.
Isto está a tornar-se um ponto de discussão importante antes da COP30.
Novo Relatório Adverte: A Saúde do Solo será a Solução em Falta na Mitigação Global das Alterações Climáticas na COP30
- Os solos do mundo contêm 45% mais carbono do que se estimava anteriormente.
- Até 27% dos cortes de emissões globais necessários para manter a subida da temperatura abaixo dos 2°C poderiam ser alcançados através de solos mais saudáveis.
- No entanto, mais de 70% dos países não consideraram, nos seus planos climáticos nacionais submetidos (CNDs), o solo como uma ferramenta crucial para a mitigação.
Um novo relatório da UNEP, IUCN, WFP e FAO, apoiado pelo Movimento Save Soil, alerta que a saúde do solo — um dos maiores sumidouros de carbono do mundo — continua amplamente ausente dos planos climáticos nacionais, antes da COP30.
Intitulado “Solução em vez de Vítima: Integrar a Saúde do Solo nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (CNDs) para a Mitigação das Alterações Climáticas”, as principais conclusões do relatório revelam que:
- Os países poderiam compensar até 27% das emissões necessárias para manter o aquecimento global abaixo de 2°C através da ampliação da agricultura regenerativa (práticas como agricultura sem lavoura, cultivo de cobertura e agro-florestação).
- Os solos do mundo contêm 45% mais carbono do que se estimava anteriormente, tornando-os um dos maiores sumidouros de carbono naturais da Terra.
- Revitalizar a saúde do solo através de práticas regenerativas pode reduzir as emissões relacionadas com fertilizantes em até 80%, até 2050.
- Apenas 1% do carbono contido nos solos da Europa seria equivalente às emissões anuais de 1 milhar de milhões de automóveis.
Ainda assim, apesar deste imenso potencial, numa análise inédita, o relatório indica que a maioria dos países (mais de 70%) não inclui o solo como uma ferramenta de mitigação nas suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (CND) – o plano de ação climática de um país submetido ao abrigo do Acordo de Paris, com entrega prevista antes da conferência climática COP30, em Belém, Brasil, no próximo mês.
Até à presente data, apenas 67 países (de um total de 197) submeteram as suas CNDs.
Praveena Sridhar, Conselheira Científica e de Políticas do Movimento Save Soil comentou sobre a situação: “O mundo possui um banco de carbono 45% maior do que o esperado bem debaixo dos seus pés, no entanto, os nossos planos atuais de mitigação climática falham, em grande parte, em tratar a saúde do solo como a solução climática poderosa e económica que realmente é. Instamos os responsáveis políticos a priorizar imediatamente medidas relevantes para o solo, exigindo um anexo compacto de carbono do solo nas atualizações das CNDs, e a desenhar mecanismos de financiamento misto que convertam os atuais objetivos de práticas em resultados verificáveis de sequestro de carbono.”
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Fonte: Save Soil











































