|
|
|
|
|
– 15-04-2005 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] [ Internacional ] |
CNA lan�a campanha contra transgúnicos, que denuncia como "neg�cio"Santar�m, 15 Abr Jo�o Vieira, da CNA e membro da Coordenadora Agr�cola Europeia, defendeu hoje, em confer�ncia de imprensa promovida, em Benfica do Ribatejo, por associa��es de agricultores de Santar�m, Leiria e Lisboa, que Portugal deve manter a interdi��o das culturas com sementes geneticamente modificadas (OGM), que classificou como "um neg�cio" que apenas interessa �s multinacionais que det�m as patentes dessas sementes. Para Jo�o Vieira, a imposi��o de uma dist�ncia entre as culturas transg�nicas e as tradicionais, que em Portugal, segundo proposta do ministro da Agricultura que na pr�xima semana vai a Conselho de Ministros, será de 200 metros, não resolve absolutamente nada, porque a contamina��o faz-se pelo vento, pelos insectos, pelas abelhas, "que ningu�m controla". "At� mil metros seriam insuficientes", afirmou, alertando para o facto de, uma vez contaminadas, não ser poss�vel reproduzir as sementes autoctones, que ficam modificadas e que as multinacionais podem vir a reivindicar como sua propriedade, o que, assegurou, j� está a acontecer nos Estados Unidos e no Canad�. Considerando que se está a pôr em causa "o direito ancestral de os agricultores utilizarem as suas pr�prias sementes", Jo�o Vieira acusou as multinacionais de estarem a querer privatizar um "patrim�nio dos povos", pois ficam detentoras de uma patente que impede os agricultores de reproduzirem as sementes, obrigando-os a comprar todos os anos. Por outro lado, acusou as multinacionais de estarem a manipular as sementes com o objectivo de as tornarem resistentes aos qu�micos que depois vendem aos agricultores. Lamentando que a pressão das multinacionais tenha surtido efeito junto da Comissão Europeia, que decidiu levantar a moratéria e o princ�pio de precau��o, deixando a decisão a cada Estado membro, Jo�o Vieira sublinhou que estes são soberanos e apelou a Portugal que siga o exemplo dos que optaram por não abrir as portas aos transgúnicos. Para Jo�o Vieira, a abertura � sementeira de milho transgúnico, agora iniciada em Portugal, "� apenas a porta de entrada" de um movimento "que não vai parar e, se a opini�o pública não se levantar, vai ser a abertura para outras sementes e afectar seriamente a biodiversidade". Am�ndio de Freitas, presidente da Federa��o de Agricultores de Santar�m, sublinhou que Portugal nem sequer precisa dos OGMs para produzir mais, pois os n�veis de produ��o nacionais são j� bastante elevados e os pre�os do milho são baixos. No ambito da campanha agora iniciada, a CNA vai iniciar o contacto com os orgãos aut�rquicos dos v�rios concelhos para que iniciem o processo de forma a declararem-se como zona livre de transgúnicos, a exemplo do que fez o presidente da C�mara Municipal de Tavira, Mac�rio Correia. Jo�o Vieira disse que a campanha se centra nas consequ�ncias dos OGMs na produ��o, mas foi lembrando que � "falacioso" afirmar que o milho transgúnico se destina � alimenta��o animal, uma vez que o que se destina � alimenta��o humana acabar� inevitavelmente por ser contaminado, além de que os humanos v�o comer a carne dos animais que se alimentar�o com os OGMs. "Se uma borboleta que come p�len de um transgúnico que se destina a combater a broca no milho morre, ou um rato que coma uma batata geneticamente modificada, isso não tem consequ�ncias nos humanos?", interrogou o presidente da Associa��o dos Agricultores do Distrito de Lisboa, Jos� Alfredo. Am�ndio de Freitas afirmou que no distrito de Santar�m existem 3.000 a 3.500 agricultores a produzir milho, alternadamente com outras culturas, tendo a confer�ncia de imprensa decorrido num local onde esta cultura tem expressão e quando a sementeira está em curso, até meados de Maio, apelando aos agricultores para não comprarem as sementes transg�nicas.
|
|
|
Produzido por Camares � – � 1999-2007. Todos os direitos reservados. Optimizado para o IE 5.#, resolu��o 800 x 600 e 16 bits |