A campanha de kiwis na Cooperativa Agrícola de Felgueiras de 2021 conta com mais 300 toneladas de fruto do que no ano passado, avançou hoje à Lusa o presidente da instituição
“Os indicadores de 2021 do kiwi são muito positivos”, afirmou Casimiro Alves, indicando que “a campanha está a terminar e a cooperativa já teve de alugar capacidade de frio e colocar fora 200 toneladas de fruto”.
De acordo com o dirigente, a expectativa inicial era receber nas instalações duas mil toneladas, mas a capacidade de armazenamento do kiwi nas câmaras de frio ficou lotada.
Casimiro Alves destacou, por outro lado, o “calibre bastante bom” do fruto, prevendo “manter os preços de remuneração aos produtores”.
Cerca de 90% dos kiwis que chegam à Cooperativa de Felgueiras são produzidos no concelho. À Lusa, o presidente daquela organização de agricultores adiantou que o “escoamento está garantido”, sobretudo para Espanha.
“Quanto mais tivermos, mais exportamos. Os espanhóis têm um apreço muito grande pelo nosso fruto”, sinalizou.
Nos últimos dias tem sido possível observar dezenas de tratores carregados de kiwis, oriundos de dezenas de produtores associados, a descarregar toneladas de fruto.
Para 2022, revelou, a cooperativa vai reforçar os equipamentos de frio, prevendo aumentar a capacidade em mais 1.000 toneladas, com a colocação de duas novas câmaras.
“Trata-se de um investimento de um milhão de euros. Pretendemos recorrer a candidaturas de projetos de investimento, mas se não conseguirmos teremos de o fazer por nossa conta”, previu.
O responsável justificou a necessidade de aumentar a capacidade de frio por “acreditar que a produção e a procura vão continuar a aumentar”.
“Nos próximos dois anos teremos de passar das duas para as quatro mil toneladas de capacidade de frio”, avançou, anotando: “O kiwi é, neste momento, uma cultura altamente rentável. Os produtores conseguem até ter mais rentabilidade do que com a vinha e o escoamento tem sido assegurado”.
Casimiro Alves sublinha que “o kiwi de Felgueiras é muito apreciado em todos os mercados”, porque “tem uma qualidade acima da média”, representando “uma riqueza para o concelho e para a região”.