A inflação baixou para 3,4% em junho. No entanto, alguns consumidores ainda se queixam que os preços estão demasiado altos. A SIC visitou um mercado e falou com várias pessoas para saber se sentiram descida de preços.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirma que inflação baixou para 3,4% em junho. É a oitava descida consecutiva. Começa a refletir-se no bolso dos consumidores, mas muitos sublinham que os preços ainda estão demasiado altos.
A inflação recuou para 3,4% em junho, registando o valor mais baixo desde janeiro de 2022, o mês anterior ao início da guerra na Ucrânia.
A quebra é a oitava consecutiva e, segundo o Instituto Nacional de Estatística, a desaceleração é, em parte, explicada pelo aumento do preço dos combustíveis em junho do ano passado. A queda no Índice de Preços ao Consumidor registada pelo INE em junho face ao mês anterior foi de 0,6 (de 4 para 3,4%).
Nas bancas que estão a funcionar no mercado que a SIC visitou, não há falta de produtos nem na quantidade nem na variedade. Os clientes são, na maioria, os habituais e o custo está sempre presente na hora de comprar.
O que dizem os consumidores?
A descida de alguns legumes ou hortícolas é bem-vinda, mas parece ser ainda pouco para estes consumidores.
“Feijão verde, alface, tomate, essas coisas acho ligeiramente mais baratas. Mas ainda não desceram o suficiente”, afirma Isabel Branco, uma consumidora.
Já Maria Ferreira diz que nota pouca diferença nos legumes:
“Em produtos como o azeite nota-se mais. Nas coisas mais baratas não se nota grande coisa. Há produtos que continuaram sempre a subir”.
Maria Matos é clara: “Não senti praticamente descida, cada vez é pior”.
“Levo aqui cinco euros em duas couves”, acrescenta.
Para quem vende, as descidas consecutivas da inflação não são para aqui chamadas. Há produtos que ficaram mais baratos, mas a causa, dizem, está mais relacionada com a oferta e a procura do que com o IVA Zero ou outras causas.
Seja como for, a ligeira quebra dos preços tem feito aumentar as vendas.
A inflação subjacente, índice que exclui a energia e os alimentos não transformados por estarem mais sujeitos a variações de preços, caiu apenas 0,1% de 5,4 para 5,3.