O Comité das Regiões Europeu, que junta os líderes locais e regionais, defende que as necessidades das áreas rurais devem ser consideradas em todas as políticas europeias e que fundos europeus devem ser destinados a projetos nestas zonas.
Numa declaração assinada em Logroño (Espanha), os líderes alertaram para o facto de o desenvolvimento sustentável a longo prazo da UE não poder ser alcançado sem zonas rurais fortes e sustentáveis e sem a plena integração das comunidades rurais no projeto europeu.
No entender da organização, todas as políticas da UE devem ter em conta a promoção da atratividade das áreas rurais e a proteção da qualidade de vida das populações rurais, e que as zonas rurais necessitam de apoio específico para se adaptarem à crise climática e à transição verde.
“Uma em cada quatro pessoas vive nas zonas rurais da Europa, que representam cerca de 75% do território da UE. Estas regiões são fundamentais para o desenvolvimento sustentável a longo prazo e para a coesão social e territorial da União Europeia, mas o despovoamento e a crise climática podem pôr em risco o seu futuro”, considera o açoriano e presidente do Comité, Vasco Alves Cordeiro.
“Com a Declaração de Logroño, o Comité das Regiões Europeu enviou uma mensagem clara: para alcançar um futuro sustentável, a União Europeia precisa de zonas rurais fortes, com a plena participação das comunidades rurais no projeto europeu”, afirma.
O relatório anual do Comité das Regiões Europeu estima que 30 milhões de pessoas irão ter abandonado as zonas rurais da Europa entre 1993 e 2033.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.