A ministra da Agricultura e alguns dirigentes preferem fazer crer, como neste caso, que não existem falhas e que os problemas não existem. Lamentavelmente…
Num artigo de opinião publicado no PÚBLICO (13 de Agosto 2021) referia, entre outras demonstrações de Incompetência no Ministério da Agricultura, o “chumbo” por parte da Comissão Europeia ao pedido de reprogramação do PDR2020, o que conduziu a “atrasos” na concretização do Programa. O texto suscitou uma resposta da gestora do PDR2020 referindo que o meu artigo “lamentavelmente, poderia fazer crer” que houve falhas e consequências que considera não existirem. Por querer deixar os leitores esclarecidos venho descrever os factos e as opiniões a que eles conduziram.
O facto que designei de “chumbo” foi a decisão de não aprovação pela Comissão Europeia da proposta de reprogramação do PDR2020 apresentada em julho por Portugal. Este facto obrigou à elaboração de nova proposta que teve de ser de novo apreciada pelos 27 organismos e entidades que compõem a Comissão de Acompanhamento do PDR2020. A gestora do PDR2020 prefere naturalmente utilizar o eufemismo de que a Comissão solicitou a Portugal “a atualização dos recursos financeiros para o ano 2022”, em vez da palavra “chumbo”, que não será agradável para o Ministério da Agricultura, mas é uma linguagem que, tanto no meio académico como para o público em geral, tem um significado muito claro e preciso. Claro que a situação pode ser ultrapassada com a aprovação da nova proposta, já corrigida e apresentada para avaliação, como numa segunda época de exames. Mas o que aconteceu na primeira época não pode deixar de […]
Francisco Castro Rego
Engenheiro Silvicultor e Professor