Os produtores de maçã e agricultores com terrenos junto à barragem do Vilar estão preocupados com a falta de água.
A barragem do Vilar, que serve os concelhos de Sernancelhe, Moimenta da Beira e Tabuaço, no distrito de Viseu, está com níveis historicamente baixos. É uma das albufeiras do país mais vazias, o que está a deixar apreensivos habitantes e os produtores de maçã da zona.
Segundo dados avançados à TSF pela Agência Portuguesa do Ambiente, a barragem “está a 15% da capacidade total”. Tem “15 milhões e trezentos mil metros cúbicos” de água, quando a “capacidade máxima da albufeira corresponde a 99 milhões e 750 mil metros cúbicos”. A produção de eletricidade foi suspensa no início de junho.
As margens estão agora mais distantes do leito do rio Távora. Apesar do reduzido caudal, na aldeia da Faia, em Sernancelhe, ainda há quem tente pescar. É o caso de António Lopes que madrugou para lançar o anzol à água.
“É raro vermos a barragem como está agora”, confessa o emigrante em França, assegurando que, apesar de tudo, ainda dá para pescar.
Quem não se aventurou nisso foi António Almeida, que nem a cana tirou do carro.
“Gosto que o peixe saia, o ano passado saía muito mais. Este ano vim cá várias vezes e ainda não saiu nada”, refere, sem esconder o desalento por a barragem ter “pouca água”. “É mau também para a agricultura”, atira.
Na Faia, toda a população está preocupada com a seca. Maria de Lurdes Cruz olha com “uma dor de alma” para a albufeira.
“Nunca vi […]