A Jerónimo Martins mantém as perspetivas para este ano e prevê que o comportamento do consumidor continue a ser prudente e contido, com a dinâmica concorrencial nos mercados em que opera a continuar intensa.
O resultado líquido da Jerónimo Martins cresceu 6,6% no primeiro semestre, face a igual período do ano passado, para 269 milhões de euros, anunciou hoje a dona das marcas Pingo Doce, Biedronka e Ara.
“Os primeiros seis meses de 2025 ficaram marcados por uma incerteza acentuada, impulsionada por turbulência na geopolítica global e instabilidade política nas principais economias europeias”, refere o grupo liderado por Pedro Soares dos Santos, em comunicado.
Num ambiente volátil, “prevemos que o comportamento do consumidor continue a pautar-se por prudência e contenção e que a dinâmica concorrencial dos mercados onde operamos se mantenha intensa”, adianta.
A Jerónimo Martins opera em Portugal, Polónia, Colômbia e Eslováquia.
“As perspetivas para 2025 mantêm-se, no essencial, em linha com o apresentado a 19 de março” e “as nossas insígnias continuarão a garantir a competitividade de preço necessária para sustentar a preferência dos que confiam nas nossas propostas de valor e escolhem as nossas lojas, e para fortalecer as respetivas posições de mercado”, adianta a dona do Pingo Doce.
Na Polónia, “a atualização do salário mínimo em 9,2% contribui para o crescimento real do rendimento disponível das famílias. No entanto, o contexto concorrencial mantém-se intenso, num mercado de retalho alimentar que permanece relativamente contido”, aponta.
A Biedronka, que cumpre 30 anos, “continuará a liderar a competitividade de preço e a desenhar as melhores oportunidades de poupança para as famílias polacas” e a “prioridade será o desempenho das vendas”, o que “à luz dos crescimentos acima dos do mercado consistentemente entregues nos últimos anos, constitui um elevado desafio”.
A cadeia polaca irá continuar focada na eficiência de custos e na aplicação de medidas adicionais de produtividade “para proteger a rentabilidade e responder à pressão que resulta da combinação de baixa inflação no seu cabaz com subida dos custos com salários no contexto de baixo dinamismo do consumo alimentar que se tem vindo a observar”.
A Jerónimo Martins salienta que “os bons resultados dos formatos de loja usados para a expansão estimulam a insígnia a prosseguir o reforço da proximidade da sua presença no mercado com 130 a 150 aberturas de loja previstas (líquidas) em 2025”.
O programa de remodelações “deverá agora abranger cerca de 200 localizações” este ano e o grupo espera ainda “inaugurar um novo centro de distribuição, que se vem juntar aos 17 já existentes”.
A operação na Eslováquia ficou marcada pela abertura, no primeiro semestre, “de seis lojas Biedronka no país e a entrada em atividade do primeiro centro de distribuição”.
Até ao final de 2026, “espera-se que a operação conte com pelo menos 50 lojas no país”, acrescenta o grupo.
No caso da cadeia de saúde e bem-estar polaca Hebe, esta “está a trabalhar no reforço da disciplina de custos como forma de gerir a pressão resultante sobre a margem”.
A Hebe prevê abrir este ano cerca de 30 novas localizações, “mantendo o canal de e-commerce no centro da estratégia de crescimento e de internacionalização”.
Em Portugal, “apesar da subida de 6,1% do salário mínimo contribuir para o aumento do consumo, a orientação para as promoções continua a ser o comportamento dominante em matéria alimentar”, adianta.
O Pingo Doce, “que tem beneficiado do sucesso do conceito de loja All About Food, prosseguirá com o seu programa de remodelações, que deverá abranger cerca 50 lojas” este ano.
O grupo prevê ainda inaugurar este ano cerca de 10 novas localizações.
O Recheio avançará “no seu programa de remodelação de lojas, que continua a elevar a proposta de valor para o canal HoReCa [Hotéis, Restaurantes e Cafés], enquanto a rede de parcerias Amanhecer, que já conta com mais de 700 localizações, se continuará a expandir”.