Agilizar colaboração entre o sistema científico e o sector empresarial é ainda uma dificuldade em Portugal. Empresas de menor dimensão têm mais dificuldade em aceder à investigação produzida nas universidades e nos centros de conhecimento
É preciso reforçar a ponte que liga os ‘produtores’ de conhecimento, na academia e no sistema científico nacional e, até mesmo, em grandes organizações privadas, a quem dele necessita para uma aplicação prática. A dificuldade de transformar esta via, ainda estreita, numa ‘autoestrada’ com múltiplas faixas de rodagem é um enorme desafio, reconhecido por todas as partes desta equação. Encontrar a solução, que não será única, foi um dos desafios para os debates que integraram a conferência ‘Como transferir conhecimento’, promovida pela Timac Agro, com o apoio do Expresso, que teve lugar no edifício sede da Impresa. “O conhecimento só faz sentido se trabalharmos em rede”, disse Rui Rosas, na abertura do evento.
O presidente da Vitas Portugal explicou igualmente os propósitos e a importância desta iniciativa que visou, por um lado, tomar o pulso ao que se passa a este nível em todos os sectores, de forma transversal, mas também no sector agrícola, um dos que se debate com mais e maiores desafios, nomeadamente no que se refere à produção de alimentos. As alterações climáticas, a escassez crescente da água, as dificuldades em produzir alimentos à mesma velocidade a que cresce a população são, na sua perspetiva, obstáculos difíceis de ultrapassar e que colocam muitas dificuldades ao trabalho diário dos agricultores.