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– 13-02-2013 |
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Viticultores defendem Casa do Douro mas muitos j� não pagam quotas
Os viticultores durienses parecem un�nimes em defender a Casa do Douro (CD), mas muitos admitem que j� não pagam as quotas � instituição porque dizem que as suas funções estáo esvaziadas. � o sil�ncio que impera na sede hist�rica do organismo duriense, localizada no Peso da R�gua. L� dentro permanecem alguns funcion�rios e os elementos direc��o, mas são cada vez menos os viticultores que ali entram. A CD, criada h� 80 anos, � uma associa��o privada de direito público e de inscri��o obrigatéria. Ou seja, todos os produtores de vinho do Douro t�m que estar inscritos no organismo e pagar as quotas � instituição. "Ainda me revejo na CD, mas j� não vou l� tratar dos problemas porque, neste momento, não tem funcionalidade", afirmou � agência Lusa o viticultor Manuel Ara�jo. Quando precisa de resolver qualquer assunto relacionado com a vinha ou o vinho, este pequeno produtor diz que tem que ir ali ao lado, ao Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP). Manuel Ara�jo garantiu que pagou as quotas � CD durante muito tempo, mas no ano passado j� não o fez. "J� devia ter pago, não paguei, mas pagar para qu�?", questionou. Isto porque, na sua opini�o, "� complicado estar a pagar para uma instituição que j� não tem poderes e que não resolve nada". Outro viticultor, Manuel Ribeiro, referiu que, devido � diminui��o dos rendimentos dos produtores durienses bem como do benef�cio (quantidade de vinho do Porto que cada um pode produzir), estes j� não t�m dinheiro para pagar as quotas. "Bastante temos lutado para defender a CD, mas parece-me que h� interesses maiores que não querem que a instituição funcione. Por isso, vamos deixando andar e ver até onde isto vai parar", salientou ainda Manuel Ara�jo. O presidente da instituição, Manuel Ant�nio Santos, disse � Lusa que a CD j� não recebe quotas h� "dois anos e meio". "são cerca de dois milhões de euros. Dinheiro que era suficiente para pagarmos sal�rios, a muitos fornecedores e retomarmos uma vida com o m�nimo de dignidade", acrescentou. De acordo com a lei, as quotas estáo indexadas �s declarações de colheita e produ��o. Neste momento, � o IVDP que tem que fornecer � CD os dados relativos �s declarações de colheita. Manuel Ant�nio Santos referiu que, no �ltimo m�s, a sua instituição recebeu alguns elementos "a conta-gotas", os quais considerou não serem suficientes para se poderem identificar "com clareza os viticultores". Referiu ainda que, em 2006, no comunicado de vindima, se previam penaliza��es para quem não pagasse as quotas. "Hoje, não se toma nenhuma medida dessa natureza. A lei � a mesma s� que, enfim, deixa-se correr. �-nos leg�timo pensar que desde h� muito está em curso uma estratégia para destruir esta instituição", salientou. A CD queixa-se da retirada de compet�ncias nos �ltimos anos, como por exemplo o cadastro, que resultou Também perda de fontes de receita. Em Julho, por causa da suspensão do contrato de trabalho por parte de duas trabalhadoras, a organiza��o da lavoura duriense encerrou os serviços de laboratério. Fonte: Lusa
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