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– 10-02-2004 |
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Viseu : Deputado Bernardino Soares critica Governo por deixar encerrar matadouroViseu, 09 Fev Após uma reunião com responsáveis da associação Balflora – Secretariado dos Baldios de Viseu e da Associação de Criadores da Gado da Beira Alta, o deputado disse aos jornalistas que as consequências do encerramento do matadouro "são de extrema gravidade". "O encerramento do matadouro de Viseu vem completamente ao arrepio de uma política que deve ser de distribuição regional destas unidades para apoiar a actividade agrícola dos pequenos agricultores", sublinhou. Bernardino Soares defendeu a reabertura do matadouro após a realização das obras necessárias, ou a criação de uma nova unidade de abate, e prometeu questionar esta semana o Governo, na Assembleia da República, sobre o assunto. O deputado comunista disse não compreender o encerramento da unidade, que "tinha um volume de laboração entre as duas mil e as três mil e quinhentas toneladas por ano". "Com o encerramento, os agricultores são obrigados a enviar os seus animais para Aveiro, com custos acrescidos de transporte, aos quais se juntam as taxas próprias da utilização do matadouro, o que tem onerado em muito a produção de gado nesta região e já levou ao abandono desta actividade por muitos deles", lamentou. O deputado do PCP referiu que, desta forma "a actividade não compensa", uma vez que, ao problema regional da falta do matadouro, se juntam "as limitações imposta pela Política Agrícola Comum, depois da machadada que foi a questão da BSE". "Com este acréscimo de custos não é possível sustentarem a viabilidade das suas explorações", frisou, acrescentando que, desta forma, "muitas famílias de agricultores perdem uma parte fundamental dos seus rendimentos". Mas, segundo Bernardino Soares, também os comerciantes e os consumidores da região sofrem as consequências do encerramento do matadouro, os primeiros porque "acabam por ver o produto que chega às suas unidades comerciais encarecido" e os segundos "porque ou passam a ter de consumir a mesma carne a preços superiores" ou têm de recorrer à carne importada, nomeadamente de Espanha, que se encontra nas grandes superfícies comerciais. Na sua opinião, esta situação é "inexplicável", uma vez que "as necessidade de obras estava recenseada há mais de quatro anos antes do seu encerramento e nenhum organismo, nem o Governo, tomaram medidas para que continuasse a laborar". O matadouro regional de Viseu fechou a 18 de Junho de 2003 por não obedecer às exigências comunitárias, uma situação que se arrastava desde 1999, sem que tivessem sido feitas obras de requalificação. A unidade de abate é propriedade da Sociedade Matadouros da Beira Litoral, que adquiriu a empresa PEC Lusa em 1999, com o património que tinha em Viseu, Aveiro e Coimbra. A chamada de atenção para eventuais ilegalidades na forma como foi privatizada a PEC Lusa levou a Inspecção-Geral do Ministério da Agricultura a iniciar averiguações, tendo em Agosto remetido o processo para o Ministério Público. Entretanto, em Novembro, a Balflora (associação filiada na Confederação Nacional da Agricultura) lançou uma petição a exigir um matadouro para a região, estimando ter já recolhido as quatro mil assinaturas necessárias para que o assunto seja debatido em plenário na Assembleia da República.
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