[Fonte: Correio dos Açores]
O presidente da Lactaçores e da Unileite, Gil Jorge, afirmou, ontem que os produtos da Lactaçores estão, neste momento, a conseguir ganhar mercado diversos países, nomeadamente, Angola, Alemanha França e Estados Unidosda América.
À margem de uma reunião, na fábrica da Unileite, nos Arrifes, em Ponta Delgada, com o Secretário Regional da Agricultura e Florestas, Gil Jorge explicou aos jornalistas que “estamos a tentar exportar os nossos produtos o mais possível e os nossos números de exportação estão a crescer, procuramos novos mercados e tentamos escoar, o mais possível, os produtos nos mercados onde já existem, bem como valorizá-los ao máximo.”
Segundo o presidente da Lactaçores (União das Cooperativas de Lacticínios dos Açores), os produtos da Lactaçores têm os seus mercados específicos, no caso do leite mais para Angola, e do queijo para os Estados Unidos da América, Alemanha e França. “Neste momento estamos a conseguir ganhar mercado externo nestes países”, frisou.
De resto, a reunião serviu para “enquadrar” o novo Secretário Regional da Agricultura e Florestas em relação à realidade da Unileite e dar-lhe a conhecer a fábrica.
Instado a comentar sobre a possibilidade de um aumento do preço do leite à produção, Gil Jorge referiu que a gestão é administração da Unileite e que esta decisão é tomada sempre em Assembleia Geral. “São os produtores de leite que devem decidir sobre a sua cooperativa e, neste momento, não há qualquer Assembleia Geral marcada”, apontou.
Fundamental procurar a internacionalização. Entretanto, o Secretário Regional da Agricultura e Florestas, João Ponte, afirmou, na ocasião, que a Unileite é “uma indústria muito importante e que tem feito um investimento muito grande, em termos de modernização, no sentido de acompanhar aquilo que se pretende para a Região e para que seja capaz de transformar o leite em produtos que acrescente valor.
“Esta é uma preocupação que, naturalmente, a Unileite tem, bem como o Governo Regional dos Açores”.
João Ponte disse, ainda, que é preciso apostar na valorização da fileira do leite, procurar novos mercados e acrescentar valor, permitindo depois que “o sector agrícola saia beneficiado, ao nível da produção, que é uma área muito sensível em termos de actividade agrícola”. Actualmente, acredita, “há um grande potencial na Região para a produção de leite, para a produção de carne e para a agricultura de uma forma geral, mas existem algumas situações de dificuldades, que o Governo e o próprio sector agrícola não escondem e que passam muito pela comercialização e pelo valorizar daquilo que são os nossos produtos de excelência.
“Penso que é nisso que a indústria também tem que apostar e importa, no fundo, colocar no mercado produtos que acrescentem valor para a nossa economia, mas também é preciso que os clientes finais estejam disponíveis para isso”, lembrou. Agora, reconheceu o Secretário Regional, é preciso um trabalho de concertação global de todo o sector, “que passa pela promoção, por produzirmos com qualidade e estimular todo o sector.” Neste momento, na óptica de João Ponte, o mercado nacional já tem um peso muito importante “daí que é fundamental procurar a internacionalização, e isto já está a ser feito, mas sabemos que são mercados onde não é fácil entrar, embora haja um grande esforço, no caso concreto, da Lactaçores, para a entrada nestes mercados.”
Contudo, “não há novidades propriamente ditas”. O Governo Regional está a preparar o Plano e Orçamento para o próximo ano e “estas rondas de visitas e reuniões servem também para ver que prioridades que terão de ser acauteladas, tendo em conta aquilo que são as propostas do Executivo para os próximos anos”, assumiu.
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