João Gomes Cravinho pede “solução diplomática” para escoamento marítimo dos cereais Ucranianos. O nosso objectivo é (…) não escalar a guerra.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho afirmou esta segunda-feira, no Luxemburgo, que a União Europeia está a trabalhar num plano para a retirada de cereais por via terrestre. Cravinho reconheceu, porém, que quando comparado com a capacidade de escoamento por via marítima, a opção ferroviária é limitada e menos eficaz.
“Tem a desvantagem, naturalmente, de tratar de volumes mais pequenos”, admitiu o ministro, reconhecendo que, por essa razão, “é mais difícil escoar por terra, – por comboio -, mas é o possível nesta fase”.
João Gomes Cravinho afirma que há questões técnicas que dificultam o transporte, e ainda não é possível apurar qual o volume de cereais que pode ser exportado por comboio.
“Ainda não temos esses cálculos”, os quais dependem “de um conjunto de fatores, entre os quais um problema técnico, que é o dos diferentes tamanhos das linhas ferroviárias entre Polónia e Ucrânia”, afirmou, exemplificando que “tal como entre Espanha e França, há também uma diferente bitola entre a Ucrânia e a Polónia, e isso dificulta o escoamento”.
Cravinho diz que neste momento, as nações unidas lideram as conversações, “havendo várias linhas de ação” que estão a ser exploradas, “em diálogo com a Rússia (…) e com a Turquia para ver se é possível, através do porto de Odessa, retirar cereais”.
Via diplomática
O ministro contraria a posição de governos como o da Lituânia que defendeu a entrega de armas à Ucrânia para assegurar o controlo do Mar Negro e o desbloqueio dos portos, para garantir o escoamento de cereais por via marítima. Portugal defende que seja dada preferência à via diplomática.
“O desbloqueamento dos portos é um problema que deve ter uma solução diplomática e não uma solução militar. O nosso objetivo é […]