O Presidente norte-americano, Donald Trump, e o homólogo chinês, Xi Jinping, iniciaram hoje uma cimeira na Coreia do Sul destinada a conter a escalada das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
A reunião, que teve início por volta das 11:00 (02:00, em Lisboa), está a decorrer numa base militar junto ao aeroporto internacional de Busan, cidade portuária no sul da Coreia do Sul, e representa um esforço para travar a escalada de medidas protecionistas adotadas por ambos os lados.
Desde o regresso à Casa Branca para um segundo mandato, Trump intensificou a aplicação de tarifas sobre produtos chineses, enquanto Pequim respondeu com restrições às exportações de metais de terras raras, cruciais para a indústria tecnológica e de defesa.
Apesar das divergências, ambos os líderes expressaram otimismo quanto à possibilidade de um entendimento.
“Vamos ter uma reunião muito bem-sucedida, não tenho dúvidas”, disse Trump ao apertar a mão a Xi, que descreveu como um “negociador muito duro”.
O presidente norte-americano adiantou que poderá ser assinado um acordo e sublinhou que existe “um grande entendimento” entre ambos.
Xi Jinping, numa declaração lida com o apoio de um tradutor, defendeu a cooperação apesar das diferenças.
“Dadas as nossas condições nacionais distintas, é normal que nem sempre vejamos as coisas da mesma forma. É normal que duas economias líderes tenham fricções de tempos a tempos”, afirmou.
Fontes da Casa Branca indicaram, nos dias que antecederam o encontro, que Trump não pretende aplicar uma nova tarifa de 100% sobre bens chineses, enquanto a China deu sinais de estar disposta a aliviar as restrições às exportações de terras raras e a retomar compras de soja norte-americana.
As equipas dos dois países reuniram-se esta semana em Kuala Lumpur para preparar o encontro, e, segundo o representante chinês, Li Chenggang, foi alcançado um “consenso preliminar”.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos (EUA), Scott Bessent, confirmou que foi estabelecida “uma estrutura muito bem-sucedida”.
A bordo do avião presidencial, a caminho da Coreia do Sul, Trump disse aos jornalistas que poderá reduzir tarifas associadas ao papel da China na produção de fentanil.
“Espero reduzi-las, porque acredito que vão ajudar-nos na questão do fentanil”, afirmou o republicano. “A relação com a China é muito boa”, acrescentou.
Num sinal da importância atribuída ao encontro, Trump apelidou-o de “G2” numa publicação na rede social que detém, a Truth Social, aludindo ao estatuto dos EUA e da China como as duas maiores economias mundiais.
Ao contrário das cimeiras dos blocos G7 ou G20, realizadas em locais luxuosos, a conversa decorreu num edifício cinzento com telhado azul, numa base militar junto ao aeroporto de Busan.
Trump e Xi evitam responder a perguntas sobre Taiwan e compra de soja















































