Mais de 64% dos resíduos urbanos vão para aterros quando “são recursos que são ouro”. “Estamos numa crise de alumínio no mundo e nós a enterrar alumínio nos aterros”, referiu Ana Trigo Morais.
Em 2020, produziram-se 5 milhões de toneladas de resíduos urbanos entre os quais 200 mil toneladas de têxteis e 64% dos quais foram enterrados, segundo dados da Agência Portuguesa do Ambiente avançados por Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde, num painel de debate sobre Economia Circular.
A gestora mostrou-se incrédula com a eliminação de recursos quando “há capacidade e tecnologia disponível no mercado para a transformar em matéria-prima”. “O país precisava de ter uma revolução grande porque não há economia circular com aterros desta dimensão”, alertou. Em 2035, Portugal só poderá enterrar 10% do lixo e terá de encontrar soluções para evitar que se enterrem resíduos, que “são recursos que são ouro, em que estão produtos elétricos e eletrónicos, plástico, papel cartão, vidro, metais”. “Estamos numa crise de alumínio no mundo e nós estamos a enterrar alumínio nos aterros”, frisou a líder da Sociedade Ponto Verde.
Além disso, Ana Trigo de Morais sublinhou a necessidade de haver referências claras, metas, organização do setor, objetivos claros e accountability. “Quando falamos de economia circular em Portugal não temos um sistema estatístico que nos permita perceber onde é que vamos medir a economia circular, e não conseguimos promover e acelerar […]