49% afirma que já deixou de consumir uma marca por considerar as suas práticas insustentáveis ou prejudicais ao Ambiente.
Impacto ambiental (29%) e saúde (25%) lideram as prioridades dos consumidores portugueses.
62% dos inquiridos está disposto a pagar mais por produtos sustentáveis.
Num momento em que o planeta exige mudanças urgentes, o consumidor português começa a alinhar as suas escolhas com os princípios da sustentabilidade. De acordo com um estudo conduzido pela Product of the Year Portugal, a propósito do Dia Mundial do Ambiente, a sustentabilidade é já um fator determinante no momento da compra, com quase metade dos inquiridos (49%) a afirmar que já deixou de consumir uma marca por considerar as suas práticas insustentáveis ou prejudicais ao ambiente.
Questionados sobre o que significa “sustentabilidade”, os portugueses destacam o consumo consciente e responsável (23%) como o valor mais associado ao conceito, seguido pela preservação ambiental (21%) e pela redução de desperdício e reciclagem (19%). A utilização de energias surge com 14% seguido da responsabilidade social e ética empresarial com 11%.
No dia a dia, os consumidores demonstram a sua preocupação ambiental através da escolha de eletrodomésticos com eficiência energética (22%) assim como de produtos reutilizáveis ou com pouca embalagem (22%). A preferência por alimentos biológicos é valorizada por 16% dos inquiridos, seguido dos cosméticos naturais (15%) que reforçam a importância de um estilo de vida mais saudável e sustentável.
As principais razões que levam os portugueses a optar por produtos sustentáveis concentram-se no menor impacto ambiental (29%) e os benefícios para a saúde (25%). O estilo de vida consciente é igualmente relevante (23%) e a perceção de qualidade (10%) também se destaca, revelando um consumidor cada vez mais informado e exigente.
Embora 62% dos inquiridos esteja disposto a pagar mais por produtos sustentáveis, os mesmos admitem que esse valor extra deve ser razoável. Apenas 17% aceitaria pagar significativamente mais, enquanto 9% prioriza sempre o preço mais baixo.
A maioria dos inquiridos (60%) reconhece que houve mudanças no comportamento das marcas em Portugal, embora considere que são ainda insuficientes. Apenas 20% observa uma evolução significativa, enquanto 17% aponta para uma mudança demasiado lenta.
A maioria dos inquiridos (60%) acredita que a comunicação das marcas sobre sustentabilidade funciona, mas reconhece a existência de um excesso de greenwashing. E quando questionados sobre a qualidade dos produtos sustentáveis, 57% acredita que estes têm, em alguns casos, maior qualidade.
Fonte: Produto do ano