Depois de um ano de crescimento, em plena crise pandémica, Suinicultura portuguesa volta a superar-se e regista um aumento das exportações superior a 9% nos primeiros três meses de 2021.
As exportações de suínos, carne de porco e derivados aumentaram 9,1% em valor face ao período homólogo do ano passado. Os dados foram divulgados pelo INE que revela que, entre janeiro e março de 2021, o setor exportou um total de 53,8 milhões de euros, correspondentes a 27,6 mil toneladas, resultando num aumento em volume de 21,9%.
A categoria que sofreu maior aumento foi a carne congelada que no primeiro trimestre de 2020 representou 16,2 milhões de euros e no mesmo período deste ano atingiu os 24,8 milhões de euros. Este aumento contrasta com a diminuição das saídas de suínos com destino a abate que sofreu uma redução de 19,7%, fixando-se nos 17,2 milhões de euros.
A China assume-se cada vez mais como o destino preferencial das exportações nacionais da carne de porco, valendo o seu mercado um total de 19 milhões de euros no trimestre, seguindo-se no ranking dos países terceiros Angola (4 milhões de euros), Cabo Verde (1,6 milhões de euros), Japão (1,4 milhões de euros) e Suíça (892,5 mil euros).
A exportação já vale mais do que o comércio intracomunitário, tendo totalizado 29,7 milhões de euros, ao passo que o comércio intracomunitário se ficou pelos 24,1 milhões de euros, como sempre, liderado pelo trânsito de animais vivos com destino a abate em Espanha.
O desempenho das exportações portuguesas segue a sua trajetória crescente, sendo tanto mais significativo tendo em conta que a comparação é feita com um período (1º trimestre de 2020) pré-pandemia, projetando-se que pela primeira vez superará a marca dos 200 milhões de euros em vendas ao exterior.
Do lado das importações, registou-se uma descida de 21,7% em comparação com o período homólogo, totalizando-se o valor de 87,5 milhões de euros em importações.