O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) identificou 773 patrões a usar imigrantes ilegais, entre janeiro de 2018 e julho de 2019. Só neste ano foram encontradas 339 empresas nesta situação. A agricultura, a hotelaria e a restauração são os setores que mais recorrem à mão-de-obra ilegal.
Quando são encontrados estes casos, as entidades patronais têm de demonstrar que os trabalhadores estão em vias de legalização. Mas a maioria dos patrões não tinha essa intenção, segundo escreve o Diário de Notícias (acesso pago). As ações são muitas vezes acompanhadas pela polícia e pela Autoridade das Condições de Trabalho.
No ano passado foram aplicadas 301 coimas pelo SEF, e 237 este ano. Nos outros casos, os processos estão em instrução, foram arquivados, desconhece-se o paradeiro do infrator ou estão a pagar em prestações.
As coimas variam entre 200 e 10 mil euros, se utilizar quatro cidadãos ilegais. Os valores vão aumentando consoante o número de imigrantes sem papéis empregados. O valor máximo é de 90 mil euros, para quem tiver mais de 50 estrangeiros ilegais na empresa. O imigrante é notificado para abandonar voluntariamente o território nacional em até 20 dias, sendo que se não o fizer está sujeito a coimas e expulsão.
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