O secretário de Estado da Protecção Civil elogiou esta quinta-feira a forma como está a decorrer a operação Floresta Segura 2019, da GNR, que, até ao momento, envolveu 7237 patrulhas e percorreu mais de 562 mil quilómetros.
Em declarações à agência Lusa, José Artur Neves salientou que os militares da GNR do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente e do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro realizaram 4000 acções de sensibilização, que envolveram 66 mil pessoas.
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“O reflexo deste trabalho é extraordinário. A reacção que nos transmitem é que a aceitação destas obrigações [de limpeza] é muito boa e sentimos que a população portuguesa e os autarcas estão muito mais envolvidos com esta tarefa, que é obrigatória desde 2006”, disse o governante.
Segundo José Artur Neves, este ano “já não se sente muitas reacções negativas, antes pelo contrário” nas abordagens do dispositivo da GNR que está a percorrer as 1142 freguesias distribuídas por 190 municípios identificados como tendo lugares em risco.
“Sente-se, este ano, que há outro conhecimento relativamente a esta disposição legal e também mais empresas a prestar o serviço nos meios rurais, além de que se sente que a população e municípios se preparam melhor e que há outra cultura de segurança enraizada nos portugueses”, sublinhou.
Salientando que há “ainda muito trabalho para fazer”, o secretário de Estado da Protecção Civil referiu que, até final de Março, ficará concluído o levantamento cartográfico em todas as 1142 freguesias e ainda em outras que não estavam identificadas como estando em risco.
A partir de 1 de Abril, as forças de segurança voltam ao terreno para verificar o que continua ou não em incumprimento e nessa altura serão levantados autos de contra-ordenação e informados os municípios para garantirem a limpeza nos meses de Abril e Maio.
José Artur Neves adiantou ainda à agência Lusa que, actualmente, no país, existem mais de 1600 locais com oficiais de segurança de aldeia instituídos, “o que é absolutamente notável, num projecto que começou há um ano”, no âmbito do projecto “Aldeias Seguras, Pessoas Seguras”.
“Este programa é fundamental para complementar a segurança das faixas de gestão de combustível, porque muitas vezes, e nós percebemos os fenómenos de hoje em dia, muitas vezes os 100 metros limpos em volta da aldeia são insuficientes para garantir a segurança”, frisou.