A falta de chuva preocupa os pastores da Serra da Estrela, que reivindicam mais apoios e incentivos para um setor que admitem correr o risco de extinção. Se as previsões de pouca ou nenhuma chuva se mantiverem até ao final do mês estão previstas quebras na produção de queijo DOP na ordem dos 35%.
Ao longe, uma nuvem de pó… são as 270 ovelhas de Ricardo Pimenta, 43 anos. Pastor toda a vida, herdou do pai a exploração em Vinhó onde diariamente faz a ordenha manual. Não questiona o amor à camisola, mas a seca está a complicar-lhe a vida.
“Isto é atípico, não é normal. Esta nuvem de pó à passagem das ovelhas é uma imagem a partir de junho, julho. Em situações normais, este pasto de centeio e trigo, que está completamente cortado, teria um palmo”, observa o pastor que é representante da Associação de Pastores e Produtores do Queijo da Serra da Estrela, do concelho de Gouveia.
A chuva que tarda em cair preocupa os cerca de 80 pastores associados da APROSE, representados por Ricardo Pimenta que considera existir “um problema bastante grande”. As ervas não desenvolvem, porque a ausência de chuva e o muito vento desidrata as plantas, causando “mossa na alimentação de animais de pastagem em regime extensivo que é 90% de alimentação de pastagem”, explica.
Localizada em Vinhó, a exploração de Ricardo Pimenta com 270 ovelhas Serra da Estrela, produz leite para queijarias DOP, certificadas, onde já se sentem os efeitos da seca prolongada.
“Já […]
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