Saúde animal. Uma vez por ano, um veterinário e um técnico de sanidade da OPP (organização de produtores pecuários, no nosso caso, inserida na cooperativa), deslocam-se à nossa vacaria para fazer a prova da Sanidade. É feita uma colheita de sangue para pesquisar a existência de algum animal portador de Leucose ou brucelose e é feita uma inoculação com “tuberculina” para pesquisar tuberculose. Depois disto os animais ficam em “quarentena” cerca de uma semana, não podendo ser vendidos para outras vacarias. Passados uns dias o veterinário volta à vacaria para inspecionar os animais, procurando alguma reação que existiria se houvesse a tuberculose bovina. Uma semana após a colheita das amostras de sangue temos os resultados de laboratório. Se estiver tudo bem o “passaporte” de cada animal (uma espécie de boletim de vacinas) é carimbado e já podemos voltar a comprar ou vender animais. Algumas doenças dos animais podem ser transmissíveis ao homem (daí ser importante o leite ser fervido ou pasteurizado), outras apenas são transmissíveis entre animais, mas causam prejuízos, por isso todas tem de ser controladas. Cada animal tem um número oficial que está no seu passaporte. Além do “passaporte carimbado” em papel, cujo uso já é opcional, toda esta informação está registada numa base de dados oficial, a nível nacional e nenhum animal pode circular sem ser emitida uma guia eletrónica a partir do SNIRA – Sistema Nacional de Informação e Registo Animal. Tudo isto para vos contar que, do prado ao prato, há gente que usa galochas, luvas, microscópios e computadores para garantir a saúde dos nossos animais e da população. Devemos agradecer, valorizar o seu trabalho e seguir as suas instruções, sem excesso de alarmismo nem excesso de confiança. Ah, e este ano os resultados, mais uma vez, deram todos negativos, portanto a “quarentena” bovina aqui já acabou!
#carlosnevesagricultor
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