Seis amostras (1,67%) de produtos vegetais de origem nacional excederam o LMR, das quais quatro (1,08%) foram consideradas como sendo infracções. A DGAV indica que o nível de infracção em 2016 é «inferior aos encontrados nos anos anteriores»: 2,1% em 2015 (num total de 680 amostras), 3,8% em 2014 (num total de 397 amostras), 4,5% em 2013 (num total de 355 amostras), 2,1% em 2012 (num total de 512 amostras).
A este propósito, o relatório explica que «os LMR não são apenas valores seguros para o consumidor, tanto quanto os conhecimentos técnicos e científicos disponíveis no momento o permitem afirmar». «Para além daquele requisito indispensável, o LMR é também o valor de resíduos mais baixo possível que se encontra associado a práticas fitossanitárias autorizadas nas culturas. Em consequência deste último critério, a eventual transgressão de um LMR, se bem que ilegal, e como tal punida por lei, não se traduz necessariamente em risco para o consumidor.»
O relatório refere também que, «como ocorre nos anos anteriores, várias amostras apresentaram mais do que um composto». Por outro lado, da análise efectuada a 23 amostras provenientes de modo de produção biológico (MPB), «foram encontrados resíduos (abaixo do LMR) em quatro amostras – banana, couve de repolho, cebola e alho-francês (este caso, omisso na tabela da EFSA) –, constituindo infracção àquele modo de produção os resíduos detectados em cebola (tiabendazol) e alho-francês (boscalide)».
Em comunicado, a Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas (Anipla) realça os resultados do relatório. António Lopes Dias, director executivo da Anipla, afirma que «o relatório da DGAV vem confirmar o caminho firme que tem sido seguido pelo sector e pela indústria para assegurar uma produção eficiente e segura para todos os consumidores».