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– 30-08-2003 |
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PS / Alqueva : Governo está a "bloquear" concretização agr�cola do projectoFerreira do Alentejo, 29 Ago "H� uma paralisia e um bloqueio total � componente agr�cola. não vamos permitir que o empreendimento, que teve e tem o apoio de todo o Pa�s, possa ser, pura e simplesmente, boicotado como está a ser por este Governo", argumentou. Eduardo Ferro Rodrigues falava aos jornalistas em Canhestros, concelho de Ferreira do Alentejo, uma das zonas que vai ser mais beneficiada pelos regadios a criar pelo Alqueva, no final de uma reuni�o com autarcas socialistas. O encontro, em que estiveram presentes, além dos presidentes das autarquias da área de influ�ncia do empreendimento, os deputados e presidentes das Federa��es Regionais do PS de Beja, �vora, Portalegre e Set�bal, serviu para avaliar o ponto da situa��o da execução do projecto. Recordando que o Alqueva, cuja barragem foi inaugurada em 2002, � uma aspira��o antiga dos alentejanos, tendo o PS "concretizado esse sonho", o dirigente socialista atribuiu os "atrasos" do projecto a uma ced�ncia do Governo �s "for�as conservadoras" da regi�o. "O desenvolvimento do Alqueva em matéria de regadio � algo que, mais tarde ou mais cedo, vai pôr em causa um conjunto de interesses e de rela��es de for�as que são os que, h� muitos anos, dominam o Alentejo. H� um bloqueio e, no entender do PS, não � por acaso que acontece", garantiu. Por oposi��o �s "for�as da conserva��o, do status quo e da manuten��o dos sistemas de poder" que, segundo Ferro Rodrigues, estáo "do lado do governo da direita", o PS "tem do seu lado os agentes da mudan�a, que querem que a agricultura alentejana se modernize e que a regi�o se desenvolva". O secret�rio-geral do PS real�ou ainda que o Alqueva � o projecto, a nível. comunitário, "mais apoiado pela União Europeia" e que "os atrasos existentes come�am a ser preocupantes", em termos do aproveitamento dos fundos monet�rios � disposi��o de Portugal. "� �bvio que se corre o risco de perder os apoios comunitários. No Quadro comunitário de Apoio (QCA) h� limites para os atrasos e estes come�am a ser preocupantes", disse. O PS, de acordo com as promessas deixadas em Canhestros por Ferro Rodrigues, vai travar "um combate frontal" � actua��o do Governo relativamente ao empreendimento, quer ao nível. da Assembleia da República (AR), quer ao nível. da regi�o. "Esta situa��o � inadmiss�vel e o PS irá desenvolver, a todos os n�veis, diversas iniciativas", explicou, frisando que, no parlamento, os socialistas iráo "interpelar o Governo" e, no ambito do Alentejo, procurar promover "um f�rum alargado, com autarcas das várias cores pol�ticas, sobre o Alqueva". O secret�rio-geral socialista frisou ainda que o seu partido não irá aceitar que "as mesmas for�as retr�gradas que se bateram" contra o projecto e que "foram vencidas pelas capacidades que os Governos do PS tiveram em construir a barragem, impe�am que o Alqueva seja usufru�do a favor do desenvolvimento" regional. O empreendimento de fins m�ltiplos de Alqueva – com val�ncias ao nível. energ�tico, tur�stico, de reserva estratégica de �gua e de implementa��o de cerca de 110 mil hectares de regadios, até 2025 – continua a fazer sentido, segundo Ferro Rodrigues, "tal como está definido". Relativamente � componente agr�cola, o concelho de Ferreira do Alentejo deveria ter recebido os primeiros cerca de dois mil hectares regados do Alqueva, através da primeiro bloco da infra- estrutura 12, inaugurado pelo ex-ministro socialista Capoulas Santos em Março de 2002. Contudo, na sequ�ncia de queixas dos agricultores da zona, que ainda não podem regar através desse bloco, o ministro da Agricultura do actual Governo, Sevinate Pinto, admitiu h� uns meses a exist�ncia de "anomalias construtivas" no principal canal de rega, acusando o executivo socialista de o ter "inaugurado � pressa". Argumentos que não convencem Ferro Rodrigues, que hoje frisou que "se os mesmos que sempre se opuseram � constru��o da barragem forem, agora, muitas vezes de forma falaciosa, descobrir problemas t�cnicos para impedir que o regadio se desenvolva, isso seria totalmente absurdo". "Seria desastroso para Portugal, Também do ponto de vista da sua imagem europeia e internacional, que o projecto viesse a não ser concretizado por aus�ncia de vontade pol�tica e por uma tentativa de manter os sistemas de propriedade, infelizmente hist�ricos, no Alentejo", argumentou.
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