A cultura do mirtilo (Vaccinium corymbosum) entrou em Portugal no início dos anos noventa, pela mão dos holandeses. Contudo, só 20 anos mais tarde assumiu uma importância considerável, a nível nacional.
No sentido de encontrar respostas para as questões técnicas que uma nova cultura iria despoletar, a DRAPC instalou, em novembro de 2012 na Estação Agrária de Viseu, um campo experimental (figura 1) onde estão em estudo 20 cultivares representantes dos três grupos: norte (Duke, Bluecrop, Bluegold, Huron, Chandler, Draper, Legacy, Liberty, Elliot e Aurora), sul (Sharpblue, O´Neal, Star, Biloxi, Misty, Suziblue, Rebel e Camelia) e rabbiteye (Powder Blue e Ochlockonee). Cada cultivar está representada por 18 plantas.
Este ensaio tem fornecido um conjunto de resultados relevantes que permitem caracterizar o material em estudo, relativamente a um conjunto de parâmetros agronómicos. Esta informação tem sido amplamente divulgada em diversos eventos, e pode ser acedida através do portal da DRAPC (www.drapc.gov.pt).
Neste artigo apenas vamos abordar os aspetos relacionados com as potencialidades produtivas das diferentes cultivares.
A avaliação da produtividade foi feita com base em colheitas bissemanais dos frutos considerados no seu estado ótimo de maturação, avaliado através coloração do mirtilo.
Um artigo de Sérgio Martins e Arminda Lopes
Direção Regional de Agricultura e Pescas Do Centro
DSADARL, DAAP, Estação Agrária de Viseu
Para ler na íntegra na Voz do Campo n.º 224 (março 2019)