Para evitar tragédias como as de 2017 é preciso acelerar o passo. Até 5 de fevereiro está em discussão pública a estratégia para a próxima década. A avaliar o que por cá se tem feito andou o especialista da ONU Peter Moore, para quem o modelo seguido em Portugal é “positivo” e “inédito”. O Expresso falou com o perito e com o presidente da AGIF, Tiago Oliveira, sobre as “inércias” por combater e a necessidade de se entrar na propriedade privada
Dois anos depois dos trágicos incêndios que devastaram o país e provocaram 66 mortes, está em discussão pública o Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais (PNGIFR). Foi sobre esta estratégia para a década 2020-2030 e o que foi feito até agora que decorreu a conversa com o presidente da Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Rurais (AGIF), Tiago Martins Oliveira, e o especialista em gestão de incêndios do departamento de Florestas da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), Peter Moore.
Há áreas ardidas há dois anos que continuam por recuperar, como o Pinhal de Leiria. Porque tarda o Instituto de Conservação da Natureza (ICNF) a agir?
Tiago Oliveira (TO): Não é preciso ser um cientista aeroespacial para perceber que aconteceu muito pouco no Pinhal de Leiria e que é preciso dotar o ICNF de recursos financeiros e humanos para gerir melhor o que se passa no terreno. É preciso equipar melhor o ICNF e dotar as entidades que estão no terreno com gente jovem, com mais estamina e capacidade para negociar e dialogar com os proprietários privados e com as empresas que fazem parte do processo para que as coisas aconteçam.
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