O grupo de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar defendeu, no Parlamento, que os preços altos nos alimentos se devem a fatores externos.
A importância das reuniões da PARCA – Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar de forma a acompanhar e analisar toda a cadeia de valor dos produtos alimentares, assim como a diminuição do valor do IVA nos alimentos -à semelhança da vizinha Espanha – foram algumas das conclusões a que as instituições que integram aquela plataforma chegaram nesta terça-feira, na Comissão de Agricultura e Pescas.
Já no que aos preços dos alimentos diz respeito, as oito instituições que se deslocaram à Assembleia da República foram unânimes em apresentar fatores externos para explicar a sua subida.
Após um requerimento do PSD foram ouvidos os representantes da CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal, CCP – Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, CIP – Confederação Empresarial de Portugal, CNA – Confederação Nacional da Agricultura, CONGAFRI – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, APED – Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, Centromarca – Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca e FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares.
Mas da parte do Governo, instituições como a Autoridade da Concorrência, Direção-Geral das Atividades Económicas, Direção-Geral do Consumidor, Gabinete do Planeamento Político e Administração, Ministério da Economia não marcaram presença, o que levou a críticas por parte da maioria do deputados.
A finalidade desta audição era, também, perceber o porquê dos altos preços dos alimentos, e que está a ter como consequência a diminuição da aquisição por parte do consumidor. Paulo Ramalho, do PSD, lembrou que embora a inflação ronde os 8%, a alimentação já ultrapassa os 20%.
E, que nesta cadeia, todos os elementos aumentaram de preço, tal como os fertilizantes que aumentaram 150%, ou os combustíveis que subiram para o dobro. Perante estes números, o deputado disse que é necessário recorrer à PARCA para perceber o que se está a passar, uma vez que parece não “existir uma repartição justa e equilibrada na cadeia alimentar”, sendo que “a única entidade que parece estar a ganhar dinheiro é o Estado”.
CAP
Com críticas ao Ministério da Agricultura, que apelidou de “ausente, desmantelado e inerte”, por não perceber o sistema produtivo português, o presidente da CAP explicou que existe um “desfasamento muito grande desde o momento em que se inicia a produção de um qualquer produto agrícola, até ao momento […]
Discussão sobre este post