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– 18-03-2003 |
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Peru a granel e embalado: 20 amostras analisadas, 17 com nitrofuranos!A DECO/Pro Teste analisou 20 amostras de peru e encontrou nitrofuranos em 17 (13 compradas a granel e quatro embaladas) e cloranfenicol num produto. Mais uma vez, e na sequ�ncia de um estudo a produtos alimentares, aquela revista dos consumidores chegou a conclus�es preocupantes. Trata-se de um estudo a peru, que englobou a pesquisa de res�duos de medicamentos, a qualidade microbiol�gica e uma inspec��o veterin�ria. As compras foram realizadas entre os dias 10 e 19 de Fevereiro, tendo sido analisadas 20 amostras: 14 a granel e seis marcas de peru embalado. A raz�o da divulga��o antecipada prende-se com a pesquisa feita a res�duos de medicamentos. além dos res�duos permitidos, Também foram pesquisados alguns dos que estáo interditos pela legisla��o europeia. Quanto aos �ltimos, a Pro Teste detectou a presença de nitrofuranos e de cloranfenicol. Em matéria de nitrofuranos, das 20 amostras, 17 encontravam-se contaminadas (85%). O metabolito detectado (conhecido por AMOZ) prov�m do uso de um dos quatro nitrofuranos mais utilizados antes da proibição como anti-infeccioso, a furaltadona. Quanto ao cloranfenicol, este foi detectado numa amostra, a qual Também j� continha nitrofuranos. Ambas estáo interditas em animais para produ��o de alimentos, sendo inclu�das no anexo IV do Regulamento da Comunidade Europeia 2377/90, que estabelece a lista de subst�ncias farmacol�gicas para a qual não pode ser fixado nenhum limite máximo de res�duos. Ou seja, são subst�ncias consideradas perigosas, independentemente do teor encontrado. "Com tantas interdi��es, porque são ent�o usadas?", pergunta a DECO/Pro Teste. Na verdade, estas subst�ncias são eficazes contra um grande n�mero de bact�rias. além disso, ao alterar a flora microbiana, aumentam a absor��o de alimentos, tendo Também um efeito promotor de crescimento. O seu custo não � elevado e a sua detecção não � f�cil, existindo poucos laboratérios que o fa�am. "Estamos perante um conjunto de situa��es bastante atractivas para produtores menos honestos que visam acima de tudo o lucro. Infelizmente, o uso indiscriminado destes medicamentos proibidos p�e em causa todo um sector fazendo com que o justo Também pague pelo infractor", denuncia a DECO/Pro Teste. Basta ter em conta as amostras com problemas encontradas nos talhos. Os comerciantes sem terem responsabilidade directa no problema acabam por sair prejudicados com esta situa��o. No contexto do esc�ndalo actual sobre os nitrofuranos, este estudo � "a prova de que o Governo pouco fez com os resultados de que teve conhecimento ao longo do tempo. Segundo as últimas notícias, o conhecimento da exist�ncia destas subst�ncias j� vem do ano passado", salienta a Pro Teste. Ora as amostras daquela revista foram compradas em Fevereiro de 2003. Assim, "como � que � poss�vel que v�rios meses depois continuem a estar � venda tantas amostras contaminadas? Ou será que o mundo das aves se resumia ao frango, para o qual ainda não foi dada segurança total?", pergunta a Pro Teste. As exig�ncias dos consumidoresSegundo a DECO/Pro Teste, este estudo revela a inefic�cia do sistema da fiscaliza��o em Portugal, que dever� ser intensificado. A nível. nacional, esta tarefa cabe � Direc��o-Geral de Veterin�ria. Esta ac��o refor�ada não se dever� restringir aos nitrofuranos, mas Também a outros res�duos proibidos. Em 20 amostras, detectar cloranfenicol numa � igualmente preocupante. A Teste Saúde, de Março/Abril, j� tinha alertado para o uso abusivo de medicamentos. Na altura, em 80 produtos, foram encontrados res�duos de medicamentos em metade das amostras de mel, 40% de ovos e 10% de carne de porco. H�, pois, que intensificar igualmente a fiscaliza��o relativa a res�duos para os quais existem limites máximos.
Medidas j� tomadas pela DECO/Pro TestePerante a situa��o actual, aquela revista de consumidores decidiu tomar algumas medidas urgentes. Os resultados das análises j� foram enviados aos distribuidores e produtores das amostras analisadas. No caso dos talhos, a equipa da Pro Teste pediu que lhe fosse facultado o nome do fornecedor. Os resultados Também foram comunicados �s seguintes entidade oficiais: Direc��o-Geral de Veterin�ria, Inspec��o-Geral das Actividades Económicas e Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas (ao cuidado do Sr. Ministro Sevinate Pinto). Para refor�ar as reivindica��es nesta matéria e sensibilizar para o ponto de vista dos consumidores, a DECO/Pro Teste teve reuni�es com a CAP (Confedera��o dos Agricultores de Portugal), a IACA (Associa��o Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais), Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas e a Agência para a Qualidade e Seguran�a Alimentar. Por fim, um dos principais aspectos que aquela revista de consumidores destaca � a falta de coordena��o que parece existir entre as diversas entidades com responsabilidade na matéria, a come�ar pela Inspec��o-Geral das Actividade Económicas, que tem feito apreens�es de nitrofuranos, e o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, que tem feito análises. "Ser� que estáo a trabalhar em paralelo para resolver este problema", pergunta a equipa que fez o estudo. "Parece que não ou talvez não da melhor forma. Ora quem sofreu e continua a sofrer com esta falta de coordena��o e de meios � o consumidor portugu�s", remata a Pro Teste.
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