As equipas de viticultura da Symington têm desenvolvido estudos de maturação, desde início de agosto, de modo a planear a vindima e obter as primeiras indicações sobre o potencial do ano. Já estão a decorrer os preparativos para a vindima nas propriedades no Douro, Alentejo e Monção e Melgaço.
Perspetivam-se produções baixas, mas há sinais de qualidade promissora. Uvas brancas já estão a ser vindimadas no Douro e no Alentejo, enquanto as castas tintas evoluem ainda sob o olhar atento e a estreita coordenação das equipas de viticultura e enologia da Symington.
Após um ciclo de crescimento em 2024 com condições bastante moderadas, o ciclo de 2025 tem-se caracterizado por maior inconstância. Enquanto dezembro foi excecionalmente seco, com precipitação acima da média em janeiro, março e abril nas três regiões onde operam, no Douro o segundo mês de março foi o mais chuvoso deste século, com o abrolhamento a decorrer na última semana do mês, o que é próximo da média dos últimos 30 anos.
Até ao final de julho, registou-se um défice de chuva (acumulada) no Douro na ordem dos 34% e não houve, praticamente, precipitação em junho e julho e com a agravante de quatro ondas de calor, uma das quais bastante severa.
Durante a primeira quinzena de agosto, o Douro apresentou uma onda de calor com dez dias consecutivos de temperaturas máximas sempre acima dos 40° centígrados, ultrapassando assim a onde de calor do verão de 2003 em que houve sete dias seguidos com temperaturas máximas acima dos 40° centígrados. Embora as temperaturas não tenham estado tão elevadas nas propriedades da Symington no Alentejo e em Monção e Melgaço, sofreram igualmente de ausência de chuva no mesmo período.
As reservas de água do início do ciclo de crescimento propiciaram uma floração veloz e, de um modo geral, com bom vingamento. Contudo, o calor prolongado condicionou a evolução do ciclo e prevemos uma colheita mais curta. Primeiros indícios revelam bagos até 30% mais pequenos que a média no Douro, embora a fenologia tenha seguido – grosso modo – um desenvolvimento regular e temos sinais encorajadores que apontam para muito boa qualidade.
Com a redução gradual de temperaturas para valores mais expectáveis para a época, já com noites bem mais frescas, e a possibilidade de alguns aguaceiros nos próximos dias, existem boas perspetivas para ter condições favoráveis para a reta final das maturações do conjunto das castas tintas.
No decorrer da abertura da adega na Quinta da Fonte Souto, no Alentejo, e do maior centro de vinificação no Douro, Quinta do Sol, as equipas preparam-se para abrir brevemente as várias adegas Symington especializadas espalhadas pelas quintas no Douro, para o pleno arranque da vindima.
Fonte: Symington